A arte brasileira amanhece de luto com o falecimento de Paulo César Pereio, aos 83 anos, neste domingo (12). O talentoso ator, que marcou época com seus papéis controversos e icônicos, deixou um legado indelével de contribuições para cinema e televisão brasileiros. Paulo foi internado em estado grave em um hospital no Rio de Janeiro, depois de lutar contra uma doença hepática avançada.

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Paulo César Pereio: uma trajetória marcante

Nascido em Alegrete, no Rio Grande do Sul, em 19 de outubro de 1940, Pereio foi uma presença constante e vibrante na cena cinematográfica nacional, participando de mais de 60 filmes e diversas novelas. Sua carreira foi pautada pela versatilidade e profundidade em papéis que desafiavam normas e provocavam reflexões.

Por que Paulo César Pereio era considerado um ícone rebelde?

Iniciando sua jornada em 1964 com o filme “Os Fuzis”, de Ruy Guerra, Pereio rapidamente se destacou no cenário artístico. Foi no filme “As Aventuras Amorosas de um Padeiro”, em 1975, que recebeu o cobiçado Kikito de Melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado, consolidando sua reputação de artista talentoso. Seu envolvimento com o Cinema Novo destacou seu nome como um símbolo de rebeldia e liberdade de expressão, dois pilares que permearam sua atuação e vida pessoal.

Qual o impacto de sua perda para o cinema nacional?

A passagem de Paulo César Pereio representa mais que a perda de um ator; é a despedida de uma era do cinema brasileiro que ele ajudou a moldar com sua criatividade e crítica social aguçada. Sua capacidade de dar vida a personagens complexos e multidimensionais deixou marcas profundas na indústria e no público. Celebridades e admiradores como Zezé Motta e Tuca Andrada usaram as redes sociais para prestar homenagens e ressaltar o vazio deixado por sua partida.

Legado e memória

• Pereio e sua contribuição ao Cinema Novo e à pornochanchada, gêneros que desafiaram a censura e a moral da época.

• Defesa incansável da liberdade de expressão como fundamento para sua arte.

• Influência duradoura em novas gerações de atores e cineastas por seu estilo único e corajoso.

A morte de Paulo César Pereio é um lembrete do poder transformador da arte e da importância de vozes que se atrevem a falar alto em tempos de silêncio. Sua obra permanecerá viva como testemunho de sua luta e talento, inspirando aqueles que acreditam no cinema como forma de expressão e crítica social.