Bruce Willis faz 70 anos. Ator sofre de demência frontotemporal
Ao celebrar seu 70º aniversário, há um peso emocional significativo ao considerar que pode ser um dos últimos que Willis desfrutará

Bruce Willis, um ícone do cinema de ação, sempre será lembrado por seu olhar cativante e por sua interpretação de personagens que personificavam uma masculinidade saudável e descontraída.
Com uma carreira que abrangeu aproximadamente 140 aparições em filmes e programas de televisão, sua presença na tela é inegável.
Sua útlima atuação cinematográfica foi no filme “Assassin”, lançado em março de 2023. Este longa-metragem de ação e ficção científica apresenta uma tecnologia revolucionária de drones humanos que cai em mãos inimigas.
Na trama, Willis interpreta Valmora, líder de uma equipe de elite da CIA, que recruta um soldado de operações especiais para recuperar o sistema de armas a qualquer custo.
Aposentadoria
Antes mesmo da estreia do filme, Willis havia anunciado sua aposentadoria devido a problemas de saúde relacionados à afasia, que afetaram suas habilidades linguísticas.
No início de 2023, a situação se agravou com o diagnóstico de demência frontotemporal, uma condição neurodegenerativa.
Esse tipo de demência compromete áreas do cérebro responsáveis pelas interações humanas, levando a uma deterioração progressiva das capacidades cognitivas e comunicativas.
Especialistas alertam que os sintomas podem levar anos para serem reconhecidos, e após sua manifestação clara, a expectativa de vida é geralmente limitada a cinco ou sete anos.
Assim, ao celebrar seu 70º aniversário, há um peso emocional significativo ao considerar que pode ser um dos últimos que Willis desfrutará.
Nos anos anteriores à sua aposentadoria, colegas de trabalho notaram que ele já enfrentava dificuldades em articular palavras diante das câmeras.
Esse desafio é perceptível também em “Assassin”, onde suas falas parecem ser sussurradas e as edições sugerem que algumas cenas podem ter sido gravadas separadamente devido à sua condição física debilitada.
O carisma de Bruce Willis
É notável, no entanto, como a presença de Bruce Willis consegue elevar até mesmo produções de qualidade inferior.
Seu carisma e estilo inconfundível fazem com que filmes como “Assassin” sejam mais palatáveis.
Essa habilidade deriva em parte da herança deixada por seu personagem mais famoso, John McClane da franquia “Duro de Matar”, que se tornou sinônimo do cinema de ação nas décadas de 1980 e 1990.
Bruce Willis também fez sucesso em papéis dramáticos profundos – como no icônico “O Sexto Sentido”. Willis sempre trouxe uma aura acessível e humana aos seus personagens. Sua interpretação sutil do psiquiatra no filme foi fundamental para o desenvolvimento da trama, mas mesmo assim ele não recebeu o reconhecimento merecido nas premiações.
A imagem pública de Bruce Willis como um herói da classe trabalhadora contrasta um pouco com os estereótipos típicos dos super-heróis musculosos do cinema. Ele representava um tipo distinto de masculinidade: forte, mas não tóxica; determinada, mas acessível.
A percepção da queda física e mental de Bruce Willis gera uma dissonância cognitiva entre o público e a imagem do ator que sempre foi vista como inquebrantável.
Sua luta contra uma doença devastadora desafia a visão idealizada do herói invencível que ele sempre representou.
Para muitos fãs e admiradores que acompanharam sua carreira ao longo das décadas, ver esse ícone enfrentando tal adversidade é profundamente angustiante.
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