A história mais triste da Disney
Se você acha que a história mais triste da Disney é a do filme Bambi, hoje verá que tem uma ainda mais triste, por ser real.

Se você acha que a história mais triste da Disney é a do filme Bambi, hoje verá que tem uma mais trágica, por ser real. Ao longo das últimas décadas, infelizmente algumas poucas pessoas já perderam a vida nos parques da Disney, mas a grande maioria por causas naturais e umas poucas por acidentes.
Mas a pioneira Disneylândia, no ensolarado estado da Califórnia, foi o palco do primeiro e, até onde se sabe, único caso de assassinato nos lúdicos domínios do Mickey criados por Walt Disney.
Tudo começou na noite de 7 de março de 1981, numa festa privada para 10 mil convidados de uma empresa aeroespacial da região, que fechou o parque para a ocasião.
Entre os presentes estava o jovem Melanchthon Christian Yorba, mais conhecido como “Mel”, de 18 anos, filho de um executivo dessa tal empresa. O evento, que deveria ser uma celebração, acabou se tornando um marco trágico na história do parque, que desde então mudou seus protocolos de segurança.
Durante a noite de festa, Yorba se envolveu em uma briga com James O’Driscoll, de 28 anos, após a namorada deste, contar que tinha sido beliscada. James virou para o lado furioso e só encontrando Yorba, ele o confrontou, pois acreditava ser ele o responsável pelo assédio.
A discussão escalou rapidamente para a pancadaria e resultou em Yorba sendo esfaqueado no peito, perto da atração Submarine Voyage.
A equipe de segurança do parque encontrou a vítima gravemente ferida, e depois de quase 20 minutos de ações de uma enfermeira do parque, optou por transportar o rapaz até um hospital na região de Garden Grove usando um furgão do próprio parque, sem os equipamentos médicos adequados.
Para piorar, em nenhum momento eles chamaram uma ambulância, bombeiros etc. e, no caminho para o hospital, outros dois centros de médicos mais bem equipados foram ignorados pelo motorista.
Ao chegar ao hospital, o Yorba já estava em parada cardíaca e não resistiu aos ferimentos. O caso gerou uma grande repercussão, levantando sérias dúvidas sobre os procedimentos de emergência adotados no parque e provocando críticas do público e das autoridades locais.
Pouco tempo depois, a família de Yorba entrou com um processo contra a Disney, exigindo uma indenização milionária. O julgamento terminou só em 1986, com um acordo, onde receberam uma 600 mil dólares (cerca de 1.7 milhão de dólares hoje), longe da fortuna inicialmente pedida, de 60 milhões, mas que que foi suficiente para não seguirem com o processo.
Mas voltando ao dia da tragédia, o algoz, James O’Driscoll, foi encontrado escondido no parque cerca de uma hora após o ocorrido. Antes, ele jogou sua faca no lago que cerca o castelo da Bela Adormecida.
Durante o seu processo, alegou que a facada foi acidental, que Yorba caiu sobre a faca dele durante a acalorada discussão.
O primeiro julgamento foi anulado devido à falta de consenso entre os jurados, mas em 1983 ele foi condenado por homicídio em segundo grau e sentenciado a 16 anos de prisão.
A partir desse acontecimento as respostas a emergências mudaram. Agora, sempre que há um acidente, as autoridades, seja bombeiros, polícia ou resgate, são chamados e as vítimas são levadas ao hospital mais próximo por profissionais capacitados, garantindo o correto atendimento.
Desde então, até onde se sabe, nunca mais houve um homicídio nos parques da Disney, seja nesse da Califórnia, seja nos outros 5 espalhados pelo mundo, na Florida, Paris, Tóquio, Hong Kong e Xangai.
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Comentários (1)
Marcia Elizabeth Brunetti
19.04.2025 08:18O jovem foi julgado e condenado a 16 anos de prisão. Imagina que as senhorinhas do zap aqui pegaram até 17 anos. Incomparável. Não sou à favor da Anistia, mas a revisão das penas. E que os responsáveis sejam presos, Bozo e militares .