A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, comunicou ao presidente Lula (PT) na segunda-feira, 27, que a estatal irá anunciar um aumento no preço do diesel nos próximos dias.

Atualmente, o valor médio por litro do combustível está em 6,15 reais.

A expectativa de integrantes da Petrobras, segundo o G1, é que o aumento fique entre 0,18 e 0,24 reais por litro de diesel nas bombas.

O reajuste deve ser aprovado na quarta-feira, 29, data da próxima reunião do Conselho de Administração da petroleira.

Por enquanto, a Petrobras não prevê reajustes nos preços da gasolina e do gás de cozinha.

Defasagem

A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) calcula que a defasagem dos preços da gasolina e do óleo diesel em relação ao mercado internacional cresceu nas primeiras semanas de janeiro.

No caso da gasolina, a diferença avançou de 6% para 8%.

Já o diesel, alvo do aumento, está com defasagem de 15%. Em 30 de dezembro, a diferença em relação ao mercado internacional era de 11%.

Congelamento de preços?

Magda Chambriard negou na semana passada que a estatal esteja congelando o preço dos combustíveis.

“Os meses de janeiro e fevereiro são época de férias, em que os caminhões param, e as vendas caem. A gente vende menos combustível sempre. E, para tudo que fazemos com preço, a gente acompanha o mercado e evita a volatilidade de olho em market share. Janeiro e fevereiro são uma época em que estamos de olho nisso. A venda começa a aumentar de novo, provavelmente, em março. Então, a verdade é a seguinte: não estamos congelando nada. Estamos absolutamente dentro da nossa estratégia, a qual não posso contar. Se dissesse, estaria lesando o meu acionista”, disse a presidente da Petrobras em entrevista ao Estadão publicada em 24 de janeiro.

Questionada se existe pressão para a estatal aumentar os preços, ela respondeu:

“Eu olho isso [preços] de 15 em 15 dias, ao longo de todo o ano. Inclusive, mostramos a efetividade disso periodicamente para o conselho e administração. O conselho não está reclamando.”

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