A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, admitiu a empresários na segunda-feira, 24, durante um jantar em São Paulo, que o governo Lula (PT) não fez o “dever de casa” no ajuste fiscal e que ela “cansou de falar” sobre a necessidade de um pacote de corte de gastos factível, registrou O Estado de S.Paulo.

Segundo o jornal, Tebet também disse a representantes dos setores financeiro, de energia, de infraestrutura e do comércio que ela e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foram votos vencidos na apresentação do pacote de corte de gastos, apresentado ao Congresso em novembro de 2024 e aprovado em dezembro, após alterações.

Para ela, ou o governo apresentava logo um pacote de ajuste fiscal ou desistia de vez.

Ao Estadão, o Ministério do Planejamento reconheceu que o ajuste não foi como a equipe econômica gostaria, atribuindo a responsabilidade pelas mudanças ao Congresso.

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Haddad, um “verdadeiro herói” contra o petismo

Simone Tebet defendeu Haddad, em entrevista à Globonews em 12 de março, das críticas que ele recebe dentro do próprio partido, o PT, por dizer que não existe “almoço grátis” nem aderir a fórmulas passadas que não deram certo apenas para agradar parte da legenda.

Para ela, Haddad é um “verdadeiro herói” por isso.

“Sendo combativa, inclusive, como aquela voz, às vezes, dissidente a equipe econômica dizendo o seguinte: não tem almoço grátis, não vamos inventar subsídios, não vamos criar fórmulas passadas que não deram certo. Não vamos fazer isso”, disse Tebet em entrevista à Globonews.

“A equipe econômica tem consciência. O ministro Haddad é um verdadeiro herói nesse sentido, de enfrentar uma resistência do próprio partido. E nós vamos conseguir entregar o Orçamento, uma vez aprovado, cumprindo as regras fiscais”, acrescentou.

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