Semana termina com dólar em novo recorde no ano
Receio de novo conflito no Oriente Médio e persistência da inflação nos Estados Unidos ajudaram a impulsionar a moeda americana
A moeda americana alcançou uma nova máxima em 2024 nesta semana e acumula alta de 5,10% no ano. Nesta sexta-feira, 12, a divisa americana continuou a ganhar força com os investidores globais a procura por ativos de segurança em função da tensão geopolítica no Oriente Médio e a pressão inflacionária americana.
Os receios de que Israel e Irã iniciem um novo conflito bélico na região impulsionou os preços do petróleo alimentando os receios de impactos inflacionários globais. Isso se somou aos números acima do esperado para a inflação americana divulgados no começo da semana e que levaram o precificação dos juros futuros a abandonar as apostas em cortes na taxa básica dos EUA no primeiro semestre.
Essa foi a terceira sessão consecutiva de alta do dólar, que encerrou o dia valendo 5,12 reais (maior nível de fechamento no ano), após renovar o recorde intradiário do ano em 5,14 reais.
Nesse cenário, os juros futuros ampliaram as altas na semana com um acréscimo de cerca de 15 pontos base nos vencimentos após 12 meses. Com isso, a precificação da Selic se firmou acima dos 10% ao ano, indicando que o mercado financeiro não acredita que o Banco Central terá espaço para muito mais cortes na taxa básica ainda este ano.
A Selic está atualmente em 10,75% ao ano. Assim, as apostas do mercado financeiro apontam para mais um corte de 0,5 ponto percentual em maio e, no máximo, mais um de 0,25 ponto percentual em junho, o que frustra a expectativa do governo de fechar o ano com os juros em um dígito, como gosta de dizer o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
No mercado acionário, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, teve mais uma semana de muita volatilidade em função da retomada dos preços das commodities, ruídos sobre a Petrobras e dados econômicos. O indicador encerrou a semana em queda de 0,67% no período, aos 126 mil pontos.
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