A projeção do mercado financeiro para o IPCA, índice que mede a inflação oficial do país, avançou de 4,63% para 4,71%, conforme relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 2, pelo Banco Central.

A previsão distancia ainda mais o IPCA do limite superior da meta inflacionária estabelecida para este ano, que é de 4,5%.

O centro da meta está fixado em 3%. Para que a meta seja considerada alcançada, o IPCA deve se manter entre 1,5% e 4,5%.

Caso contrário, o Banco Central terá a obrigação de elaborar uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando os desvios.

As projeções de inflação para 2025 e 2026

Olhando para os próximos anos, as expectativas inflacionárias também foram revisadas: para 2025, a projeção subiu de 4,34% para 4,40%, enquanto para 2026 houve um leve ajuste de 3,78% para 3,81%.

A revisão das expectativas ocorre após a publicação do índice de setembro, pressionado por fatores climáticos adversos, como a seca que afetou tanto o setor energético quanto o de alimentos.

Além disso, o aumento nos gastos públicos também contribuiu para a elevação das previsões inflacionárias.

Em resposta a esse cenário econômico, o governo Lula anunciou medidas de contenção fiscal, incluindo ajustes no aumento do salário mínimo e cortes em áreas como educação e aposentadoria militar.

Piora da taxa básica de juros

Além da inflação, o mercado também projeta o avanço da taxa básica de juros.

Atualmente, a Selic está em 11,25% ao ano e há previsões de que ela possa atingir 11,75% até o final de 2024.

Para 2025, a expectativa é que essa taxa alcance 12,63%.

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E o dólar?

Em relação à taxa de câmbio, a projeção para o dólar permanece em 5,70 reais no final de 2024, mas aumentou para 5,60 reais no final de 2025.

A moeda americana, no entanto, começa a semana cotada acima de seis reais.

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PIB e balança comercial

A estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024 subiu levemente de 3,17% para 3,22%, enquanto permaneceu estável em 1,95% para 2025.

Quanto à balança comercial brasileira e aos investimentos estrangeiros diretos no país, as projeções mostram um superávit estável de 75 bilhões de dólares em 2024 e uma ligeira redução na previsão para 2025.

Já as entradas de investimentos estrangeiros diretos foram revisadas para baixo tanto neste ano quanto no próximo.