O número que importa
O rombo das contas públicas, no ano que vem, será de 139 bilhões de reais.Para atingir esse número, o governo conta com receitas extraordinárias, como a venda dos aeroportos e do pré-sal.Sem as receitas extraordinárias, o rombo seria de 194,4 bilhões de reais, e esse é o número que importa, de acordo com Marcos Lisboa...
O rombo das contas públicas, no ano que vem, será de 139 bilhões de reais.
Para atingir esse número, o governo conta com receitas extraordinárias, como a venda dos aeroportos e do pré-sal.
Sem as receitas extraordinárias, o rombo seria de 194,4 bilhões de reais, e esse é o número que importa, de acordo com Marcos Lisboa:
“Esse é o número que continuará crescendo de forma estrutural. O que o governo está fazendo é um esforço adicional, com a venda de ativos e receitas extraordinárias, para reduzir esse número para R$ 139 bilhões. São receitas extraordinárias, e bem-vindas. Elas atenuam a trajetória de crescimento da dívida e dão um pouco mais de fôlego para enfrentar o problema, que seria ainda maior se o número fosse R$ 194,4 bilhões”.
O que fazer?
“Temos uma janela de oportunidade para enfrentar um problema estrutural muito grave. Há um cenário externo mais favorável aos preços de commodities no Brasil, as coisas pararam de piorar em termos de atividade e talvez exista a oportunidade de uma pequena recuperação no ano que vem.
Agora, o problema fiscal no Brasil é estrutural. Se nada for feito, mesmo com o teto para os gastos, os números vão piorar. Uma série de fatores estruturais faz com que a despesa pública cresça acima da receita.
Sem reformas estruturais profundas, essa janela de oportunidade será perdida e daqui a um ano teremos o retorno da crise, com o agravamento das condições do país.”
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