Os investidores adotaran uma postura mais cautelosa a um dia das definições sobre juros no Brasil e nos Estados Unidos. A taxa básica brasileira deve ser elevada nesta quarta-feira, 18, pela primeira vez após quatro meses em 10,50% ao ano. Nos EUA, o movimento deve ter a mesma magnitude, mas direção contrária e levar o limite máximo do Fed Funds para 5,25% a.a. após 14 meses em 5,50% a.a..

Os juros futuros locais operaram em alta durante boa parte da sessão da terça-feira, 17, mas encerraram o dia próximos à estabilidade. A precificação de mercado manteve-se inferindo uma alta de 0,25 p.p. na Selic após o fim da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) às 18h30, da quarta-feira, 18. As opções de Copom negociadas na B3 foram pelo mesmo caminho e aposta em uma alta de 25 pontos base alcançou o maior patamar da série, com 82% de probabilidade para a opção.

O dólar ameaçou subir durante o dia, mas encerrou a sessão em queda de quase 0,50%, cotado a 5,49 reais. A moeda brasileira registrou desempenho parecido com o peso mexicano, também um par concorrido para as operações de carry trade. Nessa estratégia, os investidores globais procuram capital em países com juros mais baixos, como o Japão, por exemplo, e investem esses recursos em países emergentes com taxas altas, como o Brasil e o México.

O Ibovespa, principal índice acionário do país, também refletiu a cautela vista nas mesas de renda fixa e encerrou o pregão em leve queda de 0,12%, aos 135 mil pontos. Na ponta positiva, destaque para as ações da Azul, que fecharam com 13,84% com notícias sobre avanço nas conversas com arrendadores das aeronaves da frota da companhia. Petz (+3,74%) e Cogna (+2,76%) completaram o pódio das maiores ganhadoras do dia.

Na ponta oposta, os papéis de CSN Mineração (-2,82%), Braskem (-1,87%) e Embraer (-1,61%) ocuparam as posições dos maiores recuos do dia.