Lula toma o lado da China na guerra tarifária
Presidente brasileiro vinha reclamando da política de Trump durante eventos no Brasil, mas, agora, o fez ao lado do principal adversário econômico dos EUA

Lula (ao centro na foto) discursou duas vezes na China nesta terça-feira, 13, e deixou claro seu lado na guerra tarifária iniciada por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos.
“Situações de crise mostram que a prosperidade de longo prazo requer trocas equilibradas e economias diversificadas. Sempre existiram distorções no comércio internacional, especialmente no intercâmbio de produtos agrícolas, cujo tratamento nunca avançou de forma satisfatória na OMC. A imposição de tarifas arbitrárias só agrava essa situação”, discursou o presidente brasileiro na sessão de abertura do IV Fórum Celac-China.
Em sua manifestação, Xi Jinping (à esquerda na foto), disse que “bullying e hegemonismo só levam ao autoisolamento”. Sem mencionar diretamente as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o presidente chinês disse que “diante da onda crescente do unilateralismo e do protecionismo, a China está pronta para juntar as mãos com seus parceiros da América Latina e do Caribe”.
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Acordo temporário
China e Estados Unidos chegaram, no fim de semana, a um acordo temporário, no qual concordaram em reduzir as tarifas recíprocas durante um período de 90 dias. As taxas de 145% impostas pelos americanos cairão a 30%, enquanto os chineses vão baixar de 125% para 10%.
O Brasil vinha atuando discretamente em relação à guerra tarifária, pois está entre os países aos quais os Estados Unidos impuseram as tarifas mais baixas, de 10%.
Lula chegou a reclamar algumas vezes da política de Trump durante eventos no Brasil, mas, agora, o fez ao lado do principal adversário econômico dos Estados Unidos.
Durante sua passagem pela Rússia, para os eventos do Dia da Vitória promovidos por Vladimir Putin, o petista também tomou o lado russo na guerra da Ucrânia, junto com o ditador venezuelano Nicolás Maduro.
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Demolindo a História
Na ânsia de agradar a Xi e a Putin, Lula cometeu ao menos quatro erros históricos graves durante sua viagem, ao falar sobre a revolução chinesa e a Segunda Guerra Mundial.
Além disso, o petista usou a revolução comandada por Mao Tsé-Tung para falar bem de seus governos, sem mencionar que o crescimento econômico do Brasil em suas gestões ocorreu às custas do futuro do país, por meio dos incentivos de gastos governamentais irresponsáveis, que voltaram a pressionar a inflação e os juros em seu terceiro mandato.
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Comentários (3)
Luis Eduardo Rezende Caracik
13.05.2025 10:57O Antagonista ficaria feliz, se o Brasil se opusesse à China e apoiasse abertamente tudo o que Trump está fazendo? A era dos Estados Unidos passou, e é hora de construir o futuro nas relações internacionais. Ou será que o Antagonista deseja uma volta dos ignóbeis tempos de Bolsonaro, agredindo a China o tempo todo? Cada vez mais, O Antagonista se afasta do jornalismo cujo propósito deveria ser o de informar e passa a praticar proselitismo político, deformando ainda mais a já deformada opinião de muita gente. Uma pena.
Fabio B
13.05.2025 10:26O pior, no caso do brasil, é que por mais humilhante que seja, nós estamos no quintal da América. Seria até viável ficarmos em cima do muro e meio que negociar discretamente por vantagens comerciais, mas acenar diretamente à China dessa forma burra, é pedir para os Estados Unidos vir pra cima com tudo. E me pergunto, o que o Brasil está ganhando de fato com tudo isso? Não ficaria surpreso se esses vagabundo corruPTos estiverem ganhando exclusivamente por fora.
Murillo Bueno
13.05.2025 10:06Lula é um caso único de um anencéfalo que conseguiu atingir a vida adulta.O Brasil tinha tudo para surfar em uma onda comercial enorme,se ficasse neutro nessa questão.O povo de um país tem o líder que merece !