A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela atual política de juros imposta pelo órgão. Nesta terça-feira, 10, começou a última reunião do Copom de 2024 e a última com Neto à frente do BC.

Às vésperas da última reunião do ano do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), os analistas do mercado financeiro consultados pela autoridade monetária projetaram aumentos da taxa básica de juros para 2024 e 2025.

Conforme relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, 9, a taxa Selic deve subir para 12% neste ano e 13,5% no ano que vem.

Terrorismo do Comitê de Política Monetária?

“Na véspera do último Copom presidido por Campos Neto, aumenta o terrorismo para elevar ainda mais a indecente taxa de juros. O PIB cresce acima das previsões, emprego e renda também, arrecadação em alta, inflação dentro dos limites de uma meta exageradamente rigorosa, boas reservas, mas na mídia só se fala em ‘risco fiscal’”, disse Gleisi pelas redes sociais.

“Todos sabem que juros maiores, neste momento, só vão pressionar a dívida pública e comprometer a atividade econômica, mas os especuladores e seus porta-vozes não estão nem aí para o país. Desenham o cenário que favorece o pior, para encerrar o ciclo do terrorismo de Campos Neto, a serviço do mercado”, acrescentou a presidente da Executiva Nacional do PT.

PT tenta, mais uma vez, reduzir juros a fórceps

Como antecipamos, o PT intensificou os ataques à autoridade monetária justamente de olho em, pelo menos, 11.25% – o patamar atual.

Em novembro deste ano, o Banco Central elevou a taxa Selic de 10,75% ao ano para 11,25% ao ano. Agora, com a pressão sobre o dólar, a expectativa é de um cenário ainda pior.

Na noite desta segunda-feira, o dólar fechou na maior cotação nominal da história, pressionado pelas incertezas de tramitação do pacote fiscal de Fernando Haddad no Congresso Nacional.