Desnorteado, governo Lula recua em parte do aumento do IOF
Repercussão negativa do aumento do imposto levou a uma reunião de emergência na noite de quinta-feira, 22, para 'corrigir rumos'

O Ministério da Fazenda anunciou a revogação de parte do decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O anúncio de que voltava atrás em parte da decisão foi feito horas depois da elevação dos valores, por causa da reação negativa à medida.
“O Ministério da Fazenda informa que, após diálogo e avaliação técnica, será restaurada a redação do inciso III do art. 15-B do Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007, que previa a alíquota zero de IOF sobre aplicação de investimentos de fundos nacionais no exterior”, disse o ministério comandado por Fernando Haddad (à esquerda na foto) em nota.
A Fazenda explicou assim a nova decisão:
“Quanto ao item relacionado ao IOF sobre remessas ao exterior por parte de pessoas físicas previsto no inciso XXI do art. 15-B do Decreto nº 6.306, de 14 de dez de 2007, será incluído no decreto o esclarecimento [de] que, remessas destinadas a Investimentos continuarão sujeitas à alíquota atualmente vigente de 1,1%, sem alterações. Este é um ajuste na medida — feito com equilíbrio, ouvindo o país, e corrigindo rumos sempre que necessário.”
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Desnorteados
O anúncio da elevação do IOF foi feito minutos depois de o governo Lula informar o bloqueio de 31 bilhões de reais no Orçamento deste ano. O Ministério da Fazenda fez uma entrevista diferente para cada um dos anúncios, na tentativa de indicar que um não tinha a ver com o outro, mas…
Com a elevação do IOF, a Receita Federal estimava uma arrecadação de 20,5 bilhões de reais em 2025 e de 40,1 bilhões de reais.
É um dinheiro que ajudaria o governo a cumprir o que impõe seu arcabouço fiscal, o que vem sendo feito a duras penas, apesar da frouxidão do padrão que substituiu o teto de gastos.
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Emergência
A decisão do recuo foi tomada em reunião de emergência no Palácio do Planalto comandada pelos ministros Rui Costa, da Casa Civil, Sidônio Palmeira, da Secom, e Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Instituições.
Estavam presentes técnicos da área jurídica do governo, que pediram uma avaliação da Fazenda sobre a existência de erros na redação do novo texto, informou a Folha.
Haddad, o responsável pela política econômica do governo Lula, já não estava em Brasília quando ocorreu a reunião de emergência. Ele passa as sextas-feiras em São Paulo.
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Comentários (10)
VITOR CARLOS MARCATI
23.05.2025 18:19O desgoverno tá mais perdido que cego em suruba, é rir pra não chorar
CLAUDIO NAVES
23.05.2025 12:08Uma quadrilha em ação e desorientada !
Fabio B
23.05.2025 10:21Ernesto Herbert Levy, você realmente acredita na boa intenção, que alguém como o Haddad, um típico esquerdista adorador da União Soviética (não é exagero, ele fez mestrado ou algo do tipo nesse tema inutil), realmente queria "fazer o que tem que ser feito", no caso, corte de gastos? E digo menos ainda dessa Tablet "cabeça de bolacha tostines", que não se esqueça, não passa de uma herdeira feudal que nunca fez nada do que defender mordomias, apesar de tentar passar uma imagem "moderna" progressista o karalho a quatro.
Marcia Elizabeth Brunetti
23.05.2025 10:14Lula, lá...Brilha uma estrela, Lula, lá...vai afundando o Brasil...Lula, lá, acabando com os aposentados, Lula lá... taxando tudo e todos... Lula, lá...gastando com medidas populistas. Só podemos desejar é que o Descondenado desapareça deste País, seja da maneira que for.
Ernesto Herbert Levy
23.05.2025 09:10Eu até tenho simpatia pelo Haddad. E pela Simone traíra Teves também. Eles não conseguem fazer o que precisa ser feito, o corte de gastos, porque o PT e seus puxadinhos não deixam. Logo, para que a inflação e a dívida pública não piore ainda mais, só lhes resta aumentar impostos. O que me surpreende é não terem antecipado as reações e não terem discutido antes! Resultado, Haddad passa mais uma vez por vilão!
Claudemir Silvestre
23.05.2025 08:55TOTAL DESGOVERNO !!! O Brasil esta a DERIVA !!!!
Fabio B
23.05.2025 08:53Esse Haddad é muito incompetente, um completo inepto. Ele foi o pior ministro da Educação, na época da Dilma; o pior Prefeito de São Paulo; e agora consegue bater a meta e se mostra o pior ministro da fazenda que o Brasil já teve.
Marian
23.05.2025 08:42Mas e a colheita prometida? Afinal promessa é dívida e a palavra dada não cumprida, define com quem estamos lidamos
CLAUDIO NAVES
23.05.2025 07:55Perdido economicamente e politicamente com o STF dando respaldo , um completo devaneio !
Denise Pereira da Silva
23.05.2025 07:50O governo Lula só conhece a Política de Irresponsabilidade Fiscal.