Corrida maluca contra a inflação
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Corrida maluca contra a inflação

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Rodolfo Borges
4 minutos de leitura 25.01.2025 13:02 comentários
Análise

Corrida maluca contra a inflação

Lula deu início a uma gincana ministerial pela fórmula mágica para reduzir os preços dos alimentos que seu governo ajudou a inflar com gastos irresponsáveis

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Rodolfo Borges
4 minutos de leitura 25.01.2025 13:02 comentários 6
Corrida maluca contra a inflação
Foto: Wallisson Breno / PR

Lula deu o pontapé inicial de uma gincana ministerial contra a inflação dos alimentos na segunda-feira, 20.

“Nós temos agora um tema muito importante. Se a gente trabalhou reconstrução e união, agora a gente vai ter que trabalhar outra coisa importante: reconstrução, união e comida barata na mesa do trabalhador, porque os alimentos estão caros na mesa do trabalhador. Todo ministro sabe que o alimento está caro, e é uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, na mesa do povo brasileiro em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, discursou o petista diante de seus ministros, que também foram cobrados pela crise do Pix.

Depois de passar dois anos gastando mais do que o governo devia, contribuindo para o aquecimento da economia e, consequentemente, para a alta dos preços, o presidente finge que não é com ele.

Para quem ainda não entendeu, vai um breve resumo de Rafaela Vitória, economista do Banco Inter, sobre a situação em que Lula meteu o Brasil:

“A aceleração da inflação, principalmente de serviços, mostra a limitação de crescimento do PIB e o erro da política fiscal expansionista em 2023/24. Muitos criticaram as previsões de PIB do mercado, mas antes o país tivesse crescido abaixo de 2% sem impulso fiscal. O custo para reduzir a inflação agora será bem maior que o choque pós pandemia.”

Leia também: Governo Lula acordou tarde para a inflação

Gincana

Como também não podem admitir a culpa do governo, os ministros de Lula partem, desorientados, em busca de truques para reduzir o valor dos alimentos. Rui Costa (a centro na foto) puxou a fila.

Logo no dia seguinte à instrução de Lula, o ministro-chefe da Casa Civil disse no programa governamental Bom dia, Ministro que estava em estudo um “conjunto de intervenções”.

No final ano passado, o presidente fez uma reunião com a rede de supermercados com a mesma pauta. A rede sugeriu algumas medidas e vamos implementá-las agora no primeiro bimestre”, disse o ministro, levando a imprensa a recuperar a proposta sobre mudança na regra sobre limite de validade para alguns tipos de alimento.

Leia também: Expirou a data de validade do governo Lula

Estava só começando

A proposta, já cogitada no governo Jair Bolsonaro, pegou mal — porque tudo no desgastado governo Lula agora pega mal —, e Costa a retirou menos de 12 horas depois de insinuá-la. E esse foi apenas o início da corrida maluca.

Desde então, já circularam pela Esplanada dos Ministérios ideias como reduzir a taxa de importação de alimentos, reduzir as taxas de venda com vale-alimentação e permitir a venda de medicamentos por supermercados.

É tanto balão de ensaio que, após mais uma reunião ministerial com Lula na sexta-feira, 24, Costa se viu obrigado a negar quase tudo, e acabou tropeçando em mais casca de banana — ou laranja.

“Fiscal do Lula”

“Não terá subsídio, supermercado estatal, fiscal do Lula, nem alimento sendo vendido fora do prazo de validade”, prometeu o ministro-chefe da Casa Civil, acrescentando:

“O que se pode fazer? Mudar a fruta que a gente vai consumir. Em vez da laranja, outra fruta.

Paulo Pimenta já perdeu o posto na Secom após assumir uma culpa que não era sua, e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, levou bronca pública pelo monitoramento do Pix — que teve de ser cancelado pela má fama do governo.

Além de Rui Costa, Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura, à direita na foto) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário, à esquerda na foto) são os próximos na fila para assumir as culpas de Lula.

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Rodolfo Borges

Rodolfo Borges é jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Trabalhou em veículos como Correio Braziliense, Istoé Dinheiro, portal R7 e El País Brasil.

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Comentários (6)

Amaury G Feitosa

27.01.2025 11:49

Conversinha cínica enraba-mané afinal qualquer idiota sabe que o preço dos alimentos vem sendo globalizado há anos e nada pode mudar isto, importamos alimentos via Mercosul com tributação zero, pouco adiantará a isenção da "cesta básica" por óbvio.


MARIO CAVALCANTI GAMEIRO DE MOURA

26.01.2025 12:20

Esse é o CANALHA típico que o "povo brasileiro" colocou de volta no poder, com a valorosa ajuda do sistema, com a promessa que tudo seria diferente. Não sabe de nada e a culpa pelos erros nunca é dele....mas os outros PULHAS que estão ali, estão ali pra isso, se locupetam para assumir a culpa. Penso sempre quando ficou revoltado....CADA POVO TEM O GOVERNO QUE MERECE. E pensar que ainda temos + 2 anos...DEUS do Céu.


ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO

25.01.2025 19:34

Uma das bravatas petistas, alguém lembra do lema no início do governo Dilma 2? "Pátria Educadora", acompanhada de redução nas verbas para a educação. No PT, governar é construir lemas.


ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO

25.01.2025 19:28

Lula e a petralhada inteira acha que governar é criar lemas e insistir na bravata. A reconstrução começou com Henrique Meirelles durante o governo Temer. Paulo Guedes, apesar da pandemia e das "caneladas" do capitão, deixou a economia arrumada e vinha crescendo. Lula tem menos de dois anos para limpar as m... que fez, ele é o "grande governante" se estiver com cofres cheios, é o grande inaugurador de início de obras, é o "encantador de jumentos".


Jorge Alberto da Cunha Rodrigues

25.01.2025 15:16

Reconstrução e união é bravata típica dos petistas. Na área econômica Lula herdou superavit primário. Agora há deficit. Isso é reconstrução? O Lula e seu governo, graças a extrema incompetência que os caracterizam, são cada vez mais detestados pela sociedade. Isso é união?


MARCOS

25.01.2025 14:33

ESSA ROUBALHEIRA TEM QUE ACABAR. IMPEATCHMENT JÁ E UM RECADO AO TRABALHADOR: NÃO FAÇA MAIS O L.


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