BC sobe taxa de juros para 15%
Comitê promoveu o sétimo aumento desde setembro de 2024; Selic chegou ao maior patamar desde julho de 2006

O Banco Central (BC) elevou, nesta quarta-feira, 18, a taxa de juros, a Selic, de 14,75% para 15% ao ano. Por unanimidade, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu subir a taxa em 0,25 ponto percentual.
Este é o maior patamar atingido pela Selic desde julho de 2006, após sete elevações consecutivas em um ciclo iniciado em setembro do ano passado.
“O Copom decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 15,00% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz trecho da nota.
No comunicado, o colegiado sinalizou a intenção de interromper o ciclo da alta para avaliar os resultados da política adotada.
“Em se confirmando o cenário esperado, o Comitê antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, destaca.
Além disso, o Copom mencionou os “riscos para inflação” como “mais elevados do que o usual”.
Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, seguem mais elevados do que o usual. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impactos sobre o cenário de inflação; (ii) uma desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza; e (iii) uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários”, afirma.
Na última reunião, o Copom havia elevado a Selic de 14,25% para 14,75% ao ano.
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Comentários (1)
Claudemir Silvestre
18.06.2025 19:10E ai Haddad !!! A culpa ainda é do Bolsonaro ??? 🤣🤣🤣