A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 2, mostrou uma piora acentuada na percepção dos brasileiros sobre a economia.

O percentual de entrevistados que acreditam que a economia piorou em 12 meses subiu de 39% em janeiro para 56% em março.

Os que acham que a economia melhorou foram 25% no primeiro mês do ano. No mês passado, eles eram 16%.

A percepção de quem avalia que a economia “ficou do mesmo jeito” caiu de 32% para 26%.

Preços em alta

Boa parte dessa percepção negativa está relacionada à inflação.

Questionados sobre o preço dos alimentos no último mês, 88% dos entrevistados disseram que subiu, ante 6% que responderam que caiu e 6% que não viram mudanças.

Em janeiro, 83% avaliavam que os preços estavam em alta; 10%, que estavam iguais; e 6%, que estavam em queda.

Os brasileiros também notaram o avanço de preços em relação aos combustíveis.

Para 70%, os preços nos postos subiram. Em janeiro, essa percepção era compartilhada por 57%.

E o poder de compra do brasileiro?

Segundo o diretor da Quaest, Felipe Nunes, a piora na compreensão sobre a inflação “produz uma percepção generalizada de que o poder de compra dos brasileiros hoje é menor do que era a um ano atrás”.

Ao menos 81% dos entrevistados disseram que o poder de compra caiu em um ano, ante 9% que disseram estar igual e 9% que afirmaram ter melhorado.

Em dezembro de 2024, 68% diziam que seu poder de compra estava menor; 19%, que estava maior; e 12%, que continuava igual.

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Inflação sobe ao maior patamar para fevereiro em 22 anos

O IPCA, índice considerado a inflação oficial do país, acelerou 1,31% em fevereiro, o maior patamar para o mês desde 2003, há 22 anos.

Com o resultado, o IPCA ficou 1,15 ponto percentual acima da taxa de janeiro, quando foi de 0,16%.

O IPCA-15, índice que mede a prévia da inflação, desacelerou de 1,23% em fevereiro para 0,64% em março.

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