Por que o crime fascina tanto? Escritora vem ao Brasil deixar algumas pistas
Best-seller e apaixonada por 'true crime' e Agatha Christie, Cara Hunter dividirá mesa com Raphael Montes na Bienal do Livro do Rio

A paixão por livros, que começou na infância, levou a britânica Cara Hunter a se tornar um dos grandes nomes da literatura policial contemporânea, combinando o fascínio por true crime com doses pesadas de Hercule Poirot, o personagem-ícone da britânica Agatha Christie.
Conhecida pela série protagonizada pelo detetive Adam Fawley, que já ultrapassou a marca de um milhão de cópias vendidas no Reino Unido e foi publicada em 29 países, a autora vira ao Brasil para participar da Bienal do Livro do Rio. Ela dividirá a mesa no dia 19/6 com Raphael Montes, o mais lido escritor de suspense do país.
Nascida em Oxford, Cara Hunter estudou Literatura Inglesa, mas foi trabalhar com relações públicas no centro financeiro de Londres, antes de migrar para o copywriting.
Foi como redatora freelancer que que se descobriu ficcionista, unindo seu interesse por livros ao fascínio (quase mórbido) por crimes reais. A combinação resultou em Onde Está Daisy Maison?, seu primeiro livro, que recebeu uma indicação ao prêmio de Crime e Thriller do Ano no British Book Awards.
Nunca é tarde para começar a escrever
Hunter faz questão de dizer que começou a escrever sua própria obra mais tarde” na vida. Ela quer encorajar outras pessoas a escrever, não importa quando.
Confessadamente influenciada por Agatha Christie, de quem já leu todos os livros, gosta que em suas histórias sejam deixadas pistas, dicas, rastros, para que o leitor atento – ou aquele que lerá uma segunda vez – seja capaz de fazer com ela o itinerário que leva do crime ao criminoso.
As narrativas são construídas com muita pesquisa. Entre os diversos feedbacks que recebe, gosta especialmente dos policiais, que validam a verissimilhança do seu trabalho.
Mas enfim: por que o crime (real ou literário) gera tanto interesse? Cara Hunter deixa uma pista: “…são pessoas reais que tomaram a decisão de se comportar de uma certa forma, que elas sabiam que era a coisa errada a se fazer e ainda assim o fizeram. Eu acho os motivos das pessoas envolvidas em crimes reais fascinantes”.
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