Escritor Dalton Trevisan morre aos 99 anos em Curitiba
A causa da morte do contista, conhecido como o "Vampiro de Curitiba" não foi informada
O escritor Dalton Trevisan, um dos maiores contistas do Brasil, morreu na segunda-feira, 9, aos 99 anos em Curitiba.
A causa da morte não foi informada.
A informação foi confirmada em seu perfil no Instagram.
“Todo vampiro é imortal.
Ou, ao menos, seu legado é.
Dalton Trevisan faleceu hoje, 09 de dezembro de 2024, aos 99 anos.”
O vampiro de Curitiba
Dalton Trevisan nasceu em Curitiba em 14 de junho de 1925 e sua trajetória literária começou com a publicação da novela Sonata ao Luar (1945). Contudo, foi com Novelas nada exemplares que ele alcançou o reconhecimento nacional, consolidando-se como uma das vozes mais originais da literatura brasileira contemporânea.
Conhecido como o “Vampiro de Curitiba”, título de uma obra publicada em 1965, ele viveu isolado em uma casa na capital paranaense por mais de sete décadas, saindo em raras ocasiões. Ele também não gostava de dar entrevistas nem de receber prêmios.
Nos últimos anos, Dalton Trevisan se mudou para um apartamento no centro de Curitiba, onde se dedicou a reorganizar sua obra.
Prêmios
Um dos momentos mais significativos de sua carreira foi a conquista do Jabuti, o mais importante prêmio literário brasileiro, pela primeira vez em 1960 com Novelas Nada Exemplares. O reconhecimento consolidou Trevisan como uma força inovadora na literatura nacional. Ele voltaria a ganhar o Jabuti em 1965, 1995 e novamente em 2011, demonstrando sua capacidade de se manter relevante e influente ao longo das décadas.
Além disso, Trevisan foi laureado com o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura em 1996, destacando seu papel vital na cultura literária do país. Em 2003, recebeu o 1º Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira com a obra Pico na Veia, um feito que reforçou seu prestígio não apenas nacionalmente, mas também no cenário lusófono.
O reconhecimento culminou com dois dos prêmios mais prestigiados para escritores de língua portuguesa: o Prêmio Camões em 2012 e o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras no mesmo ano. Estes prêmios não só celebraram sua trajetória individual, mas também reconheceram sua contribuição inestimável para a literatura como um todo.
Esses prêmios e reconhecimentos refletem a profundidade e a abrangência do trabalho de Trevisan, destacando-o como um dos contistas mais respeitados e admirados do Brasil.
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