Plano Real: 25 anos
Relembre algumas reportagens de 1994 que mostram as preocupações e debates da época.
O Plano Real celebra 25 anos nesta segunda (1º).
Relembre algumas reportagens de 1994 que mostram as preocupações e debates da época.
Parte do que era discutido então lembra o esforço de hoje pela reforma da Previdência.
– FHC no SBT
Em março de 1994, o ministro da Fazenda foi ao Programa Silvio Santos explicar seu plano econômico. No exemplo usado para explicar o funcionamento da URV, a inflação estava em 40% ao mês. 100 cruzeiros rapidamente passavam a valer 60.
FHC conta que a moeda nova não poderia ser criada abruptamente. “Tem que dar um tempo para o povo entender”.
– O Dia D
É 1º de julho de 1994, uma sexta-feira. Ernesto Paglia fala para a câmera. “O anúncio do plano confirma: desta vez não há surpresas. Não há confisco nem congelamento, ninguém mexe na poupança, não vai haver tablita”.
A narração reflete a desconfiança do gato escaldado, já que o povo brasileiro já havia experimentado muitos planos econômicos mirabolantes.
Em um certo momento, técnicos deixam uma mesa de coletivas de imprensa e entram os políticos, incluindo o ministro e os líderes do governo no Congresso.
O JN ainda chamava a proposta de “plano FHC”.
– Dinheiro na mão
As notas de real começam a circular. Ana Paula Padrão mostra um posto de gasolina no qual o litro sai a R$ 0,53 (sim, isso mesmo). Mas agora existe uma novidade: o governo permitiu aos postos cobrarem o milésimo de real, “para evitar prejuízos aos postos”.
O cafezinho na padaria inaugurou sua vida no Plano Real a R$ 0,55. O pão de sal era vendido a R$ 0,10 a unidade. No restaurante do Ministério da Fazenda, o almoço estava em R$ 5,50.
O presidente Itamar Franco saca 40 reais para passar o fim de semana (o equivalente hoje a R$ 320). Rubens Ricupero saca 20 reais.
Na narração da reportagem, os dois “botaram em dia o esquecido hábito de contar moedas”.
– Fila no caixa
Os bancos abriram naquele fim de semana para que as pessoas trocassem cruzeiros reais por reais. Em um supermercado do Rio, a fila para trocar dinheiro era maior que as dos caixas.
Todo mundo, desconfiado, estava de olhos nos preços.
Mas, desta vez, o plano funcionou.
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