Lula en français
Advogados e aliados de Lula estão em campanha internacional há muito tempo.
A defesa de Lula pretende levar a um comitê da ONU as mensagens roubadas a Sergio Moro.
Segundo a Folha publicou nesta terça (25), os advogados querem mostrar que “todas as instâncias do Judiciário são pressionadas quando é seu cliente quem está nos autos”.
A coluna também publicou que “a praxe é provocar a ONU somente após esgotados todos os recursos na Justiça nacional”, mas não é bem assim.
Advogados e aliados de Lula estão em campanha internacional entre elites americanas e europeias há muito tempo. Começaram antes mesmo de Lula ser preso.
– Acionando o Comitê
A defesa de Lula recorreu ao Comitê de Direitos Humanos da ONU já em julho de 2016.
A petição questionava a “privação de liberdade” representada pela ordem de condução coercitiva pela Lava Jato, ocorrida em março.
No texto, os advogados diziam que Moro era incentivado a disputar a eleição presidencial de 2018.
– ‘La chasse’
Em agosto de 2016, o PT lançou uma cartilha internacional, com o título A Caçada Judicial ao Ex-presidente Lula. Mil exemplares em francês, inglês e espanhol foram enviados aos principais jornais estrangeiros.
Nesse momento, Lula não era sequer condenado – o que só ocorreria em julho de 2017.
– A carta de Sanders
Em julho de 2018, o senador Bernie Sanders e 28 deputados federais americanos enviaram uma carta ao embaixador Sergio Amaral. O texto diz que o processo judicial envolvendo Lula foi “politizado”, o que é extraordinário, já que legisladores estrangeiros comentando um processo jurídico estão justamente politizando o caso.
Sanders é uma espécie de mistura de Plínio de Arruda com Ciro Gomes. Sua mais recente promessa de campanha é cancelar as dívidas estudantis de 45 milhões de americanos, o que custaria US$ 1,6 trilhão.
– A tripla mentira de Celso Amorim
Em agosto de 2018, Lula assinou um artigo no New York Times denunciando “um golpe da direita no Brasil”, esbanjando todo seu inglês fluente.
Três dias depois, a campanha de Lula (que ainda não anunciara oficialmente o poste Haddad) lançou a mentira da “liminar da ONU” em favor dele, num esforço liderado por Celso Amorim.
Na verdade, não havia “liminar” alguma. O Comitê de Direitos Humanos publicou uma nota pedindo ao Brasil para “tomar todas as medidas necessárias para assegurar que Lula possa gozar e exercitar seus direitos políticos enquanto estiver na cadeia”.
Foi exatamente o que aconteceu, já que o TSE só deliberaria sobre a questão no mês seguinte, derrubando a candidatura de Lula.
Além disso, o Comitê de Direitos Humanos é formado por especialistas “independentes”, e não por diplomatas. Portanto, não fala em nome dos países-membros da organização.
É esse mesmo Comitê, com o qual a defesa de Lula se comunica desde 2016, que agora será provocado “após esgotados todos os recursos”.
Segundo o site oficial, a próxima reunião do Comitê será de 1º a 26 de julho, em Genebra.
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