O ministro do STF Alexandre de Moraes acatou pedido da defesa de Silvinei Vasques e concedeu a soltura ao ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Moraes revogou a prisão preventiva de Vasques, mas ele terá que utilizar tornozeleira eletrônica e está proibido de manter contato com outros investigados no inquérito dos atos antidemocráticos, como o próprio ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Além do uso do dispositivo, Moraes também determinou que Vasques compareça à Justiça periodicamente. O ministro cancelou o passaporte do ex-diretor, suspendeu o porte de arma de fogo dele e ainda o proibiu de usar as redes sociais.

A informação foi divulgada pelo G1 e confirmada por O Antagonista.

Vasques está preso desde 9 de agosto de 2023 por determinação do próprio Alexandre de Moraes, do STF. Ele é acusado de ter tentado interferir no segundo turno das eleições de 2022 por meio de operações policiais, principalmente na região Nordeste.

Desde o ano passado, Silvinei apresentou aproximadamente cinco pedidos de soltura. Todos foram negados. Em todos os casos, Moraes afirmou que continuavam presentes os requisitos para prisão preventiva previstos no Código de Processo Penal. Moraes determinou a prisão preventiva de Vasques sob o argumento que ele poderia influenciar nas investigações relacionadas ao inquérito dos atos antidemocráticos.

O que aconteceu com Silvinei Vasques na prisão?

Em novembro do ano passado, por exemplo, os advogados de Silvinei Vasques argumentaram que o ex-diretor perdeu 12 quilos desde que foi preso. Eles também chegaram a argumentar que o ex-diretor da PRF corria“risco de ser envenenado na cadeia”.

O ex-diretor foi preso durante a operação da Polícia Federal (PF) batizada de Constituição Cidadã, que investigou a interferência no segundo turno das últimas eleições.

Vasques estava no comando da PRF durante o segundo turno das eleições. Na véspera, ele publicou uma foto em seu perfil no Instagram pedindo voto ao então presidente Jair Bolsonaro (PL).

A PRF realizou mais do que o dobro de operações no dia do segundo turno, 30 de outubro, comparado ao primeiro, 2 de outubro.

Quase metade das ações no segundo turno ocorreram apenas no Nordeste, com cerca de 300 ônibus abordados. A região representa menos de 30% do eleitorado nacional