Votação do Orçamento de 2025 é adiada para abril
Integrantes da Comissão Mista de Orçamento argumentam que texto somente será votado após retorno dos presidentes da Câmara e Senado

A votação do orçamento de 2025 foi novamente adiada e deve acontecer apenas na primeira semana de abril. A informação é da Presidência da Câmara dos Deputados em comunicado enviado aos parlamentares na noite desta sexta-feira.
Oficialmente, o novo adiamento ocorre em virtude da viagem dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para o Japão entre 24 e 27 de março. Os dois vão acompanhar o presidente da República na visita ao país asiático.
O retorno de Motta está previsto para 30 de março e, pelo novo calendário, a vocação do Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) na Comissão Mista deve ocorrer entre 31 de março e 4 de abril. A Sessão do Congresso para apreciar a peça ocorrerá assim que o colegiado aprovar a peça fiscal.
Apesar dessa previsão, a votação do orçamento ainda depende do relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA, foto). Ele ainda não tem um prazo específico para apresentar o seu parecer.
Também vinha atrasando a votação do orçamento da indefinição sobre a metodologia de pagamento das emendas parlamentares.
Como mostramos, a Câmara e o Senado Federal aprovaram, em sessão conjunta na quinta-feira, novas resoluções para regular a destinação das emendas parlamentares no Orçamento da União, com o objetivo de atender às exigências do Supremo Tribunal Federal (STF).
A medida, em teoria, objetiva aumentar a transparência sobre os recursos destinados a obras e projetos nos redutos eleitorais dos parlamentares. No entanto, o texto manteve a possibilidade de que os reais autores das emendas de comissão mantenham-se ocultos.
O relator do texto, apresentado pelas mesas diretoras do Senado e da Câmara, foi o senador Eduar do Gomes (PL-TO). Na Casa Alta, o placar foi de 64 votos favoráveis a 3 contrários, já na Câmara, 361 deputados foram favoráveis e 33 contrários.
Em 2024, foram reservados cerca de R$ 52 bilhões para emendas parlamentares, mas o pagamento desses recursos foi suspenso por um período, após o STF exigir mecanismos claros de identificação dos responsáveis pelas indicações.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Annie
15.03.2025 10:53No país do escambo primeiro entra as negociações 💰depois umas viagens para relaxar o resto vem depois.