Vetos à LDO: líderes da Câmara trabalham por nova derrota do governo Lula
Os líderes de grandes partidos na Câmara vão trabalhar durante o recesso parlamentar para convencer senadores a derrubar os vetos do presidente Lula a dispositivos da LDO, conforme apurou O Antagonista...
Os líderes de grandes partidos na Câmara vão trabalhar durante o recesso parlamentar para convencer senadores a derrubar os vetos do presidente Lula a dispositivos da LDO, conforme apurou O Antagonista.
A informação foi confirmada por três líderes do Centrão ao site. A maior insatisfação dos deputados é com o veto relacionado ao calendário de pagamento de emendas parlamentares estabelecido pelo relator da LDO, Danilo Forte (União-CE).
A argumentação parlamentar é simples: a falta de obrigatoriedade do pagamento das emendas ainda no primeiro semestre pode comprometer as campanhas eleitorais de prefeitos aliados.
Deputados ouvidos pelo site afirmam que o Palácio do Planalto tinha consciência desse movimento parlamentar. O governo, conforme os congressistas, deu aval para a quitação de todas as emendas antes do final do primeiro semestre deste ano. Nem deputados petistas se opuseram à ideia.
“Fomos pegos de surpresa, mais uma vez. Difícil negociar com um governo assim”, admitiu em caráter reservado um parlamentar do Centrão a este site.
Como mostramos há pouco, o relator da LDO criticou duramente os vetos do presidente Lula.
“Recebi com preocupação os vetos anunciados, uma vez que afetam o grande objetivo da LDO de minha relatoria, que é conferir um nível maior de previsibilidade, transparência e de execução do Orçamento Federal”, disse Forte, em nota oficial divulgada há pouco.
Lula também barrou o trecho referente ao Minha Casa, Minha Vida, que garantia a destinação de ao menos 30% dos recursos para cidades com até 50 mil habitantes. “[Essas cidades] representam a maioria dos municípios brasileiros e que hoje estão praticamente alijados do programa. Causa estranheza a decisão pelo veto, uma vez que havia concordância entre as lideranças do governo sobre o tema”, disse Forte.
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