Universidade Federal do Ceará (UFC) anula acordo de cooperação acadêmica com Universidade de Israel
A medida foi motivada por questões ideológicas, o que ficou claro na declaração da instituição, que expressa repúdio ao que considera um "genocídio em curso" na Faixa de Gaza
O Conselho Universitário da Universidade Federal do Ceará (UFC) tomou a decisão de encerrar um acordo de cooperação acadêmica com a Universidade Ben-Gurion, localizada em Israel.
A medida foi motivada por questões ideológicas, o que ficou claro na declaração da instituição, que expressa repúdio ao que considera um “genocídio em curso” na Faixa de Gaza.
Em comunicado oficial, o conselho destacou que “não é mais possível tolerar a continuidade do genocídio e das violações das normas internacionais pelo Estado de Israel”.
A nota prossegue afirmando que a UFC não manterá relações acadêmicas com instituições israelenses, alinhando-se a outras organizações educacionais e sociais do Brasil e do mundo que compartilham dessa postura.
O texto menciona a dificuldade em obter dados precisos sobre os eventos recentes, mas enfatiza que é sabido que dezenas de milhares de palestinos perderam a vida desde outubro de 2023.
Não é a primeira vez que a Universidade Federal do Ceará (UFC) coloca a ideologia acima dos interesses da instituição e dos alunos.
Em outubro de 2024, após pressão da UNE e da militância estudantil, a Universidade Federal do Ceará (UFC) anulou o edital do programa 2° Innovation Challenge Brasil – Israel, uma parceria com a Universidade Ben-Gurion, em Berseba
Luizianne Lins (PT)
O Conselho Universitário da UFC também expressou preocupação com a situação da deputada federal Luizianne Lins (PT), que figura entre os detidos na Flotilha Global Sumud.
O comunicado ressalta a importância de garantir a integridade física e moral dela e dos outros ativistas brasileiros e estrangeiros detidos, clamando por um tratamento digno e humano.
O barco onde Luizianne e outros ativistas estavam foi interceptado por forças israelenses. O conselho da UFC classificou o ato como “criminoso”, afirmando que se trata de um sequestro em águas internacionais, o qual submete cidadãos de diversas nacionalidades à violência.
Luizianne se recusou a assinar um documento de deportação acelerada oferecido por Israel, por considerar os termos “abusivos”.
Em nota, a equipe de Luizianne afirmou que a decisão foi tomada em solidariedade aos demais brasileiros detidos que também rejeitaram o procedimento.
Leia também: Sinwar na UFC: defensores do Hamas invadem debate sobre Israel
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Comentários (1)
Annie
07.10.2025 13:17Esquerda promovendo o atraso em todos os níveis. Certamente não é a universidade israelense que perde, além dessa deputad@ nos fazendo passar vergonha