Um profundo mergulho no Código Penal
Dois peritos entrevistados por O Globo contestaram o parecer de Ricardo Molina sobre o grampo de Joesley Batista.George Sanguinetti disse:“Eu entendo que o senhor assistente técnico de defesa, na ânsia de ajudar, tenha esquecido a metodologia e a boa técnica pericial...
Dois peritos entrevistados por O Globo contestaram o parecer de Ricardo Molina sobre o grampo de Joesley Batista.
George Sanguinetti disse:
“Eu entendo que o senhor assistente técnico de defesa, na ânsia de ajudar, tenha esquecido a metodologia e a boa técnica pericial. Um perito não pode citar ‘provavelmente’, ‘possivelmente’. Ele tem que ser afirmativo.
Ele diz que, analisando o perfil das ondas, há indicação de que a gravação poderia ter sido manipulada. ‘Poderia’ não tem validade. Ou ele declara que é ou que não é. Diz que ‘o mais provável é que houve extração de trechos da conversa’. Ou a conversa aconteceu e foram omitidos alguns trechos ou não. Não existe isso de afirmar o ‘mais provável’. Como perito forense, tem que ser exato. Dizer que é mais provável que houve edição é uma ilação, isso não é uma perícia. A fita é boa e serve como prova”.
Nelson Massini acrescentou:
“Gravações desse tipo não são descartáveis. Só são descartadas quando ela são ilícitas. A prova não tem edição. O que tem de audível já dá um profundo mergulho no Código Penal”.
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