“Um julgador comprometido na busca da verdade”
O juiz Marco Antonio Barbosa de Freitas desmontou no Estadão a manobra para inocentar Lula a partir das mensagens roubadas a Sergio Moro: “Não se pode confundir parcialidade de julgamento com busca incessante por provas...
O juiz Marco Antonio Barbosa de Freitas desmontou no Estadão a manobra para inocentar Lula a partir das mensagens roubadas a Sergio Moro:
“Não se pode confundir parcialidade de julgamento com busca incessante por provas: no primeiro caso, tem-se julgador subjetivamente vinculado a interesses de uma das partes; no segundo, tem-se julgador objetivamente comprometido na busca da verdade (real), e, por isso, não soa disparatado que, em harmonioso diálogo mantido com quaisquer representantes dos polos da ação, recomende o juiz a obtenção de provas que formarão o seu convencimento, já que ele será o destinatário delas.
Registre-se, ademais, que o Ministério Público e o Poder Judiciário são instituições estatais que, no âmbito penal perseguem a Justiça, ainda que por vieses distintos: o primeiro promove a justiça – me parece muito mais adequada, pois, a nomenclatura que se dá a esse órgão no âmbito estadual (Promotoria de Justiça) –, enquanto que o segundo distribui justiça (…).
O país parece fadado a extremismos que, de um lado e de outro, parecem só se unir numa única plataforma: a ojeriza à verdade (real).”
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