Marcos Roberto de Almeida, o Tuta, apontado como sucessor de Marcola no comando do PCC, foi extraditado da Bolívia e transferido neste domingo, 18, para a Penitenciária Federal de Brasília. 

Foragido desde 2019, ele foi preso na sexta-feira em Santa Cruz de la Sierra, em operação conjunta da Polícia Federal com a Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen (FELCC).

Tuta estava na lista de procurados da Interpol desde 2020 e foi condenado no Brasil a 12 anos de prisão por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

A extradição foi coordenada pelos ministérios da Justiça e das Relações Exteriores, com apoio de 50 agentes da PF — incluindo 12 do Comando de Operações Táticas (COT) — e da Polícia Penal Federal, além de policiais civis e militares do Distrito Federal.

A entrega do preso às autoridades brasileiras ocorreu em Corumbá (MS), na fronteira com a Bolívia. Inicialmente, sua custódia estava prevista para ocorrer na Penitenciária II de Presidente Venceslau (SP), mas, por motivos de segurança, foi levada à unidade federal em Brasília, onde também está Marcola.

Quem é Tuta?

Tuta é apontado como um dos principais articuladores do PCC fora dos presídios, com forte atuação em esquemas internacionais de lavagem de dinheiro. Em 2023, foi condenado a mais de 12 anos de prisão por associação criminosa e lavagem. Ele também constava na lista da Interpol com alerta de Difusão Vermelha.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo, Tuta assumiu papel de liderança após Marcola ser transferido ao sistema penitenciário federal, em 2019. 

Ele integrava a “sintonia final de rua”, a instância mais alta da facção entre membros em liberdade, e foi um dos principais alvos da Operação Sharks, em 2020.