O governo de transição de Lula tem trabalhado sobre uma proposta de reformulação ministerial para elevar a criação de pastas em seu gabinete. Com os planos atuais, o Executivo federal passaria das atuais 23 para 31 pastas a partir de janeiro do ano que vem.

O número também reflete os grupos de trabalho montados pelo gabinete de transição. Os cálculos da equipe, que levam em conta a composição da Esplanada dos Ministérios à época dos dois primeiros governos Lula, foram apresentados por Márcio França, que integra o grupo de trabalho sobre Cidades.

Ele citou o próprio GT como um possível Ministério a ser recriado. “Levamos a proposta do que era o ministério anterior. Cidades envolvia mobilidade saneamento e habitação a gente deve propor naquele formato, isso está hoje”, disse a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde se concentra a transição.

“Os ministérios que serão não são os que estão hoje. Mas não é bem mais do que ele tinha no tempo dele [Lula]”, continuou França, que participa de reunião do conselho político da transição. Um primeiro esboço chegou a ser apresentado a Lula, mas, segundo França, “ele sugeriu algumas mudanças e nós estamos fazendo.”

Lula já indicou que pastas existentes em mandatos anteriores devem ser reativadas, com Planejamento, Indústria e Comércio (ambas vinculadas hoje à Economia) e Cultura (vinculada ao turismo). Desde o início da campanha, Lula também promete a pasta dos Povos Originários, que atenderá a questão indígena no país.