TCU cobra explicações do BB por suspeitas em licitação de R$ 1,9 bi
Representação de Flávio Bolsonaro aponta possível direcionamento, risco de monopólio e contratações diretas suspeitas

A área técnica do Tribunal de Contas da União (TCU) deu cinco dias úteis para que o Banco do Brasil (BB) se manifeste sobre indícios de irregularidades em uma licitação de R$ 1,9 bilhão para contratação de quatro agências de marketing, diz O Globo.
O pedido foi motivado por uma representação do senador Flávio Bolsonaro (PL-SP), que aponta exigências excessivas de qualificação técnica, possível direcionamento, risco de monopólio e contratações diretas suspeitas.
Técnicos do TCU questionam os valores mínimos exigidos nos atestados de capacidade técnica, que coincidem com contratos anteriores e podem indicar favorecimento.
Também apontam que restrições temporais no edital precisam ser justificadas para não comprometer a competitividade do processo.
O tribunal quer ainda que o BB comprove a alegada emergência na contratação direta das agências Monumenta e Terruá, já que, segundo os auditores, serviços de marketing promocional não têm natureza urgente.
Outra irregularidade apontada está na cláusula que transfere às empresas contratadas a responsabilidade por todas as contratações necessárias aos eventos, o que contraria entendimento do TCU.
O banco também deve apresentar cópias de documentos, planilhas de estimativa de preços e informações sobre o andamento do processo.
No início do mês, o ministro Bruno Dantas já havia suspendido duas licitações do BB para aquisição de equipamentos de internet.
Leia também: As “gravíssimas preocupações” do TCU com a Previ
O que diz o BB?
Em nota, o banco defendeu a licitação como estratégica para a promoção de negócios e relacionamento com o público.
Segundo o BB, as ações promocionais em feiras agropecuárias geraram R$ 19,5 bilhões em prospecções em 2024.
“Atuando em um mercado extremamente concorrencial, o BB faz uso do marketing promocional para promover produtos e serviços, visando gerar engajamento, aumentar vendas e reforçar a sua marca, potencializando relacionamentos de longo prazo e estimulando experiências positivas aos clientes e potenciais clientes”, disse o banco em nota.
Estranho acordo
Reportagem de Crusoé revelou um nebuloso acordo de 600 milhões de reais firmado em setembro de 2023 pelo banco e duas empresas do Maranhão.
Leia aqui a matéria na íntegra.
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Comentários (3)
Marian
20.05.2025 18:54Tudo de novo.
Rosa
20.05.2025 10:32Tudo exatamente como dantes......
Emerson H de Vasconcelos
20.05.2025 10:04Mais escândalos?