Senadores pedem apuração de suposta manipulação no Brasileirão
Pedido veio após o dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, John Textor, ter denunciando uma suposta manipulação de partidas do Brasileirão
Um grupo de senadores enviou nesta quarta-feira, 3, um pedido para que a Polícia Federal abra uma investigação sobre as falas do dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, John Textor, que vem denunciando uma suposta manipulação de partidas do Brasileirão 2023. Textor, no entanto, ainda não apresentou provas das denúncias.
O documento enviados pelos senadores não tem caráter obrigatório. Ou seja, cabe ao diretor da PF, Andrei Rodrigues, decidir se abre ou não investigação.
As falas de Textor já são alvo de investigação na Justiça Desportiva, mas o empresário vem ignorando os pedidos de apresentação de provas. Ele disse que só mostrará o material ao Ministério Público Federal.
O envio do pedido foi anunciado pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) em plenário, nesta terça. Após a fala, os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Carlos Portinho (PL-RJ) pediram para também assinar o documento.
“Enviei à Polícia Federal, ao diretor Andrei [um pedido] que convoque esse cidadão americano, que mora no Rio de Janeiro, dono do Botafogo do Rio, em 24 horas, que ele venha a Brasília, e que exija que ele traga as provas e as gravações”, afirmou Kajuru.
O líder do PSB no Senado ainda chamou as falas de Textor de irresponsável e que, se ele não comprovar o que fala, deve ser preso. No pedido enviado à PF, os senadores afirmam que a PF, “por sua competência e imparcialidade, é a instituição mais adequada para conduzir essa investigação, garantindo a transparência e a eficácia do processo”.
Acusações
Em novembro de 2023, Textor afirmou que o clube carioca foi roubado e cobrou a renúncia do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, após o Botafogo perder para o Palmeiras por 4 a 3, de virada.
“Isso precisa mudar. Ednaldo, você precisa renunciar pelo bem do jogo. Isso precisa acabar. Isso é roubo, me multa. Você não pode me expulsar, é meu estádio, eu vou continuar aqui” disse Textor, em entrevista ao canal Premiere.
Ele foi processado por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, pelas críticas. Dias depois, Textor voltou a dizer que a integridade do Campeonato Brasileiro foi corrompida por erros de arbitragem após divulgar uma análise sobre os jogos do Brasileirão para se defender sobre denúncias do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Em março deste ano, voltou a dizer que há corrupção no Campeonato Brasileiro e revelou ter gravações de juízes reclamando de não ter recebido propinas combinadas.
Após as afirmações, o STJD abriu um inquérito para investigar as afirmações de Textor e determinou que o dono da SAF do Botafogo enviasse as provas de corrupção em até três dias.
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