O senador norte-americano do estado da Flórida, Marco Antonio Rubio, falou sobre a situação política na Venezuela, em entrevista no programa La Noche da NTN24

A entrevista se dá em um contexto de incertezas em relação às eleições presidenciais de 2024, onde a líder María Corina Machado busca derrotar o regime de Nicolás Maduro depois de ter vencido as Primárias da oposição.

Rubio indicou que o governo do presidente Joe Biden não tem intenção de fazer cumprir o acordo de Barbados, que consiste em uma série de benefícios para o regime venezuelano em troca de garantias que permitam o processo eleitoral realizar-se este ano.

“Não creio que tenham qualquer vontade de fazê-lo. O que procuram é se livrar desse problema. Trata-se de uma Casa Branca cheia de pessoas que, até certo ponto, simpatizam com os pensamentos e a ideologia dos que controlam esse regime.“

Venezuela terá eleições livres?

O senador republicano argumentou que Nicolás Maduro nunca realizará um processo eleitoral em que possa perder. “Uma eleição justa, democrática, livre e aberta não pode ser vencida e ele sabe disso. “Ele não vai permitir isso.”

“Não tenho esperança de que as eleições na Venezuela sejam confiáveis e tenho ainda menos esperança de que esta administração tenha vontade de agir de forma adequada em relação a isso”, acrescentou.

Marco Rubio referiu-se também aos últimos acontecimentos envolvendo tanto os Estados Unidos como a Venezuela, destacando a libertação de Alex Saab, identificado como testa de ferro de Nicolás Maduro que foi extraditado em território norte-americano e libertado em troca da liberdade de vários americanos e prisioneiros venezuelanos.

Para o congressista, a libertação de Saab presta-se à criação de um mercado de detenções para os seus compatriotas: “Uma das coisas que Nicolás Maduro vai fazer no futuro se tiver um conflito com os Estados Unidos é prender cinco ou dez americanos e usar para uma negociação”, disse ele.

Por outro lado, afirmou que a atual Administração enviou uma mensagem aos inimigos dos Estados Unidos ao ratificar que “é melhor ser inimigo do que amigo dos Estados Unidos”.

“Quando você é inimigo dos Estados Unidos pode receber concessões de Joe Biden, mas quando você é amigo eles vão te sancionar”, concluiu.