Renan Calheiros: hora de Alagoas dar um basta
Renan Calheiros começou o ano, mesmo que a contragosto, ao lado de Michel Temer e acabou, muito a seu gosto, nos braços de Lula, como se nada tivesse a ver com o PMDB “golpista”...
Renan Calheiros começou o ano, mesmo que a contragosto, ao lado de Michel Temer e acabou, muito a seu gosto, nos braços de Lula, como se nada tivesse a ver com o PMDB “golpista”.
Ele bem que tentou ficar do lado do governo: após deixar a presidência do Senado, no início do ano, pretendia assumir a pasta da Justiça, sob a qual, por coincidência, está subordinada a Polícia Federal. Não aconteceu.
A guerra contra Temer foi deflagrada pouco depois, sob a forma de críticas contundentes às reformas que o governo propunha na legislação previdenciária e trabalhista.
Renan está menos preocupado com os brasileiros do que com o avanço da Lava Jato, o fim de seu mandato, no início de 2019 e uma reeleição incerta para o Senado — sem o foro privilegiado, ele perderá a complacência do Supremo Tribunal Federal e será arrastado para a primeira instância da Justiça. Atualmente, responde a 15 inquéritos no tribunal.
Em 2017, Renan foi condenado à perda do mandato e dos direitos políticos por improbidade administrativa, enriquecimento ilícito e recebimento de vantagem patrimonial indevida, naquele caso da filha que teve com Mônica Velloso fora do casamento. Ele recorre da decisão.
Para manter-se vivo, o cálculo de Renan é contrapor-se a Temer e grudar em Lula, que ainda goza de popularidade junto ao eleitorado alagoano e pode ajudá-lo a conquistar mais um mandato (ou melhor, mais um período de foro especial) em 2018.
Renan também conta com a popularidade de Renan Filho, que deverá ser reeleito governador, segundo as últimas pesquisas.
Alagoas bem que poderia dar um basta nessa história.
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