R$ 2,3 milhões para projetos de reforma no Planalto e na residência de Lula
Compra prevê a contratação de oito engenheiros civis que trabalharão em projetos tanto do Planalto quanto de residências funcionais

Mesmo diante da necessidade cada vez maior de enxugar os gastos públicos, o governo federal pretende gastar até 2,3 milhões na contratação de serviços para a elaboração de projetos de engenharia para “melhoria contínua” das edificações da Presidência da República, incluindo as residências oficiais e apartamentos funcionais.
Como mostramos, o governo Lula abriu licitação, em janeiro, no valor de 1,7 milhão de reais, para a renovação do mobiliário de escritório e de eletrodomésticos que serão utilizados tanto no Palácio da Alvorada quanto no Palácio do Planalto. O caso foi parar no Tribunal de Contas da União (TCU).
Esse novo processo licitatório foi lançado nesta segunda-feira em 9 de junho. A ideia do governo federal é contratar oito engenheiros civis que ficarão responsáveis pela elaboração dos projetos de melhoria da estrutura do Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada e demais residências funcionais.
Segundo o governo federal, a contratação se justifica pelo encerramento do contrato firmado entre a Presidência da República e a R7 Facilities, que foi alvo de uma ação da Polícia Federal. Na justificativa, entretanto, o governo federal não cita eventuais irregularidades. O Palácio credita o fim do contrato a um “desinteresse” da empresa em continuar o acordo com o governo federal.
“A Presidência da República (PR) necessita manter em bom estado de conservação e funcionamento as instalações de suas edificações e de seus imóveis funcionais e residências oficiais que ocupa, garantindo adequado ambiente para seus ocupantes, em especial, e para que seu corpo técnico desempene, satisfatoriamente, suas atribuições, até porque é obrigação de todo servidor público zelar pelo patrimônio da União, conforme disposto na Lei 8.112/90”, afirma o governo federal no procedimento licitatório.
A justificativa do Planalto para novas reformas da residência de Lula
“Temos que, o envelhecimento natural de estruturas das edificações da Presidência da República, incluindo seus imóveis funcionais e residências oficiais, localizadas no Distrito Federal, e a necessidade de mantê-los fiéis as tais concepções arquitetônicas originais de diversas edificações (…) faz com que tenhamos (…) a necessidade premente por observância dos critérios de preservação para manter as características originais de estruturas das edificações tombadas”, acrescenta a União na justificativa para a contratação.
“Nos últimos anos, essa demanda por serviços de manutenção tem aumentado e já se projeta inúmeras ordens de serviços para os próximos exercícios, algo em torno de 13.000 (treze mil) pedidos de diversas naturezas, onde inclusive alguns dos serviços já não se mostram possíveis de serem atendidos por essas manutenções”, destaca a União no pedido de compra.
Essa nova licitação foi lançada a menos de uma semana após o próprio governo federal ter determinado um contingenciamento de aproximadamente 30 bilhões de reais para o cumprimento do arcabouço fiscal.
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Comentários (7)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
29.05.2025 15:35É estranho serviços de manutenção (desde que bem feitos, e é o que se espera) não consigam corrigir problemas advindos do uso e o passar do tempo. Imaginem se o palácio de Versalhes ou basílica do Vaticano fossem no Brasil, como seriam as aparências atuais desses edifícios seculares.
Junior
27.05.2025 05:38Vai aumentar a altura das portas para passar com o chifre...kkk
Claudemir Silvestre
26.05.2025 18:18VAMOS GASTAR A VONTADE 🥂🍾🍸🍷🍺
LEDI MACHADO DOS SANTOS
26.05.2025 14:43A farra dessa gente com dinheiro público é ilimitada!🙈
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
26.05.2025 14:342,3 milhões para 8 engenheiros fazerem os projetos. As obras ficarão em quanto será?
Marian
26.05.2025 14:10Enquanto isso, os Brasileiros seguem pagando o kilo do café, mais caro que um litro de whisky popular.
Andre Luis Dos Santos
26.05.2025 14:04E muito bom poder gastar o dinheiro dos outros, não é mesmo?