Parlamentares do PL (Partido Liberal), do ex-presidente Jair Bolsonaro, e do Republicanos, do governador Tarcísio de Freitas, tentam reduzir a influência do secretário de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab, através de alterações no Orçamento de 2025, segundo informou o jornal Folha de S. Paulo.

A proposta enviada pelo governo Tarcísio à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) indica um aumento de seis vezes nos recursos controlados pela pasta de Kassab. O valor passaria dos R$ 328 milhões, de 2024, para R$ 2,2 bilhões em 2025.

Do total, porém, R$ 1,2 bilhão está destinado a ações de articulação, consórcio e parcerias com prefeituras. O montante financia ações de infraestrutura, despesas com saúde e eventos em São Paulo. Os parlamentares defendem a manutenção das despesas já prometidas a prefeituras, mas querem que seja transferida a outras pastas.

Para os deputados do PL e Republicanos, o presidente do PSD, cuja sigla triplicou a quantidade de prefeitos no estado, usaria o cargo em busca de maior poder nas eleições de 2026. Segundo eles, os recursos destinados a Kassab fariam o PSD crescer ainda até o próximo pleito.

Na proposta orçamentária de 2024, Kassab teve parte das verbas tolhidas pela Alesp. A gestão de Tarcísio previa R$ 1,6 bilhão à sua pasta, contudo, o valor foi reduzido a menos de um quarto.

Disputa por 2026?

No dia 21 de novembro, Kassab projetou Tarcísio de Freitas será presidente da República até 2030.

Segundo ele, existe até chance de que o ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro chegue ao Palácio do Planalto já em 2026.

“Está na cara que o Tarcísio vai ser presidente da República. Aposto qualquer coisa”, disse Kassab conforme relatado pela Folha de S.Paulo, completando: “Pode ser em 2026? Pode, mas acho difícil”.

O presidente do PSD disse ainda que Tarcísio “já se definiu como candidato à reeleição para governador” em 2026 por causa de Bolsonaro, que, apesar de estar enrolado com a Justiça e inelegível até 2030, segue s apresentando como candidato presidencial “mesmo preso”.

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“E esse é o melhor cenário para todos nós, brasileiros. Porque, se der chabu no plano nacional, São Paulo segura o Brasil”, comentou Kassab, para quem Tarcísio “não tem adversário”.