“Gilmar está certo: Barroso perdeu“, diz O Globo, em editorial.

“Mas quem venceu não foram Gilmar e os seis ministros que votaram com ele na sessão encerrada em tumulto na quinta-feira, sem a proclamação do resultado. Quem venceu foram, além obviamente de Lula, todos os demais 174 condenados em virtude das 179 ações penais deflagradas pela força-tarefa da Lava-Jato no Paraná, assim como os réus daquelas ainda não julgadas (…).

As condenações de Lula, proferidas depois de investigação e denúncia que produziram provas eloquentes — entre elas, a confissão do próprio empreiteiro que lhe deu de presente a obra no triplex no Guarujá —, foram confirmadas em duas instâncias e no STJ por dez juízes diferentes. Soçobraram por uma dessas tecnicalidades em que os advogados são especialistas (…).

Quem perdeu não foi só Barroso, como afirmou Gilmar. Quem perdeu foi o Brasil.”

O editorial é perfeito, exceto por um fato: Gilmar Mendes venceu, sim, juntamente com Lula e os demais 174 condenados.