Prerrogativas celebra fim de cooperação com Peru em caso Odebrecht
Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo, é advogado do ex-presidente peruano Ollanta Humala

A suspensão da cooperação jurídica internacional entre Brasil e Peru em casos ligados à Odebrecht foi celebrada por críticos da Operação Lava Jato.
O advogado lulista Marco Aurélio Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas e defensor do ex-presidente peruano Ollanta Humala, disse à Folha:
“A decisão da Secretaria Nacional de Justiça parece pôr fim a uma série de irregularidades que o Ministério Público e a Justiça peruana cometeram ao longo de toda a cooperação jurídica havida com o Brasil no âmbito da Operação Lava Jato.”
Como mostramos, a Secretaria Nacional de Justiça, vinculada ao Ministério da Justiça, seguiu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que já havia paralisado a cooperação jurídica entre Brasil e Peru nesses processos em abril.
Em despacho assinado em 7 de maio, segundo o jornal O Globo, o secretário nacional de Justiça, Jean Uema, determinou a suspensão da cooperação e ordenou apuração interna sobre eventuais violações por parte das autoridades peruanas.
Em setembro de 2023, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, atendeu um pedido da defesa de Lula e decidiu que todas as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht e dos seus sistemas Drousys e My Web Day B não poderiam ser usados em quaisquer processos criminais, eleitorais, cíveis ou de improbidade administrativa no Brasil.
A decisão de Toffoli está há 19 meses em vigor, gerando anulações em série, sem que três recursos apresentados contra ela tenham sido apreciados pelo STF: os da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Asilo a Nadine Heredia
Marco Aurélio Carvalho é membro da equipe de defesa de Nadine Heredia, ex-primeira-dama do Peru a quem o governo Lula concedeu asilo político para escapar de 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro.
Nadine e Ollanta foram condenados por receberem aportes da empreiteira Odebrecht e do ditador venezuelano Hugo Chávez nas campanhas de 2011 e 2006, respectivamente.
A investigação foi conduzida pela Operação Lava Jato peruana.Na época dessas duas eleições, Lula e Dilma Rousseff governavam o Brasil. Lula foi condenado em 2019 por receber propina da Odebrecht no caso do sítio de Atibaia.
De acordo com a denúncia da Lava Jato brasileira, a empreiteira e a OAS teriam realizado reformas na casa em troca de favorecimentos em contratos com a Petrobras.
O petista não recebeu dinheiro de Hugo Chávez, mas sempre o apoiou em suas eleições manipuladas, mesmo quando a instalação de uma ditadura já era inquestionável.
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Comentários (7)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
18.05.2025 19:35Esse grupo é um enorme "upgrade" na velha figura do "advogado de porta de cadeia".
Clayton De Souza pontes
18.05.2025 08:59Esse grupo prerrogativas é um escárnio. Poderiam adotar um nome que melhor traduza sua luta pra blindar corruptos amigos juntamente com o aparelhado STF
FRANCISCO
17.05.2025 18:30Prerrogativas para criminosos.
Luis Luz
17.05.2025 15:20Não conheço esse tal Prerrogativas. Por acaso é o nome de uma ala da facção criminosa CV ou fazia parte do Power Point da Lava Jato?
Andre Luis Dos Santos
17.05.2025 12:20Pra surpresa de ninguém. Claro que o convescote iria celebrar algo assim.
Eduardo
17.05.2025 11:06A impunidade avança pela América Latina
Claudemir Silvestre
17.05.2025 10:54Governos do PT = CORRUPÇÃO !!