“Posição vergonhosa”, diz Moro sobre ação do governo para blindar Frei Chico
Com os votos dos parlamentares governistas, foram rejeitados os requerimentos para convocar o irmão de Lula na CPMI do INSS
O senador Sergio Moro (União-PR) criticou nesta quinta-feira, 16, a mobilização do governo na CPMI do INSS para impedir a convocação do vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico – irmão do presidente do Lula (PT). Com os votos dos parlamentares governistas, foram rejeitados os requerimentos para convocá-lo.
Moro classificou como “lamentável” e “vergonhosa” a posição do governo, em entrevista a O Antagonista.
“Claramente o governo está adotando uma posição lamentável, porque foi contra a instalação da CPMI, mas ela foi instalada. Tentou controlar os postos-chaves, perdeu. E agora, o que eles estão fazendo? Requerimentos importantes para a investigação, para a gente poder identificar todos os culpados por esse grande roubo contra os aposentados e pensionistas, eles estão trabalhado para barrar”, pontuou Moro.
Ele ressaltou que Frei Chico é o vice-presidente “de um dos principais sindicatos envolvidos na fraude, que recebeu 800 milhões de reais de descontos associativos”. “A maioria dos quais, segundo apuração da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, sem que houvesse uma autorização real dos aposentados e pensionistas. Pulverizou esse dinheiro por diversas empresas aparentemente sem causa, e temos o irmão do presidente Lula”.
O senador prosseguiu: “O irmão do presidente Lula, vice-presidente do sindicato que recebeu 800 milhões roubados de aposentados e pensionistas, e o governo se mobilizou para barrar essa convocação. É uma posição vergonhosa. Porque quando você está na CPMI, tem que investigar, não é adiantar juízo de culpa. Agora, o que não dá para tolerar é esse comportamento de simplesmente querer impedir qualquer e toda investigação”.
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o sequestro de 389 milhões de reais em bens e valores do Sindnapi.
A ordem do ministro atinge o atual presidente da entidade, Milton Baptista de Souza Filho, o Milton Cavalo, e o espólio do ex-presidente João Batista Inocentini, o João Feio, que morreu em 2023.
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Comentários (2)
Andre Luis Dos Santos
16.10.2025 23:34Fico imaginando onde foram parar os R$ 800 milhões. Será que foram pra contas offshore de certos "lideres ParTidarios"?
Eliane ☆
16.10.2025 17:36Sinceramente, não me surpreende, surpresa ZERO. Mas com certeza vergonhoso.