Polícia prende quatro suspeitos por morte de delator do PCC
Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi executado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos
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A Polícia Militar de São Paulo prendeu na madrugada deste sábado, 7 de dezembro, quatro suspeitos de envolvimento no assassinato de Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC executado em 8 de novembro no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Três dos detidos foram liberados após prestarem depoimento, mas Matheus Soares Brito, apontado como principal alvo da operação, segue sob custódia no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia já solicitou a prisão temporária dele.
De acordo com as investigações, Matheus teria auxiliado Kauê do Amaral Coelho, suposto “olheiro” do crime, a fugir de São Paulo após o assassinato. Kauê é acusado de ter alertado os executores sobre a chegada de Gritzbach ao aeroporto e recebido R$ 5 mil por seu papel na operação. A defesa afirma que ele é inocente.
Prisão de familiares e apreensão de munições
Na sexta-feira, 6, outros dois suspeitos foram presos na zona leste da capital paulista: Marcos Henrique Soares Brito, irmão de Matheus, e Allan Pereira Soares, tio de ambos.
Eles são acusados de envolvimento na fuga de Kauê e de posse ilegal de munições de uso restrito. Durante a operação, policiais apreenderam munições calibres 556 e 762, além de carregadores de fuzil.
A defesa de Marcos negou seu envolvimento no crime, alegando que ele “nunca teve qualquer passagem policial” e que as munições não estavam sob sua posse.
Investigações integradas
O caso está sendo investigado em conjunto pela Polícia Civil e pela Polícia Federal, devido à execução ter ocorrido dentro de um complexo aeroportuário, área de responsabilidade federal.
A decisão foi tomada em comum acordo entre integrantes do governo federal e do Ministério da Justiça. A justificativa para a abertura do inquérito por parte da PF é o fato de a execução, ocorrida em plena luz do dia, ter ocorrido no complexo aeroportuário, de responsabilidade federal.
As autoridades consideram o crime uma demonstração da ousadia do crime organizado e do envolvimento de redes estruturadas para ações letais.
O diretor geral da PF, Andrei Passos, conversou com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e com o chefe da Polícia Civil paulista, Artur Dian, para informar sobre a abertura da investigação.
Embora tivesse uma escolta formada por policiais com treinamento para ações letais, Gritzbach estava acompanhado apenas por dois PMs na sexta-feira. Um dos veículos da segurança ficou parado em um posto de gasolina por causa de um problema mecânico.
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