Polícia prende outro suspeito de morte de delator do PCC
Segundo as investigações, Matheus Mota trabalhou para facilitar a fuga dos atiradores no dia da execução do empresário
A Polícia Civil de São Paulo prendeu em Praia Grande, nesta segunda-feira, 9, o segundo suspeito de envolvimento na execução do delator do PCC Vinicius Gritzbach, no Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro.
Segundo a investigação, Matheus Mota trabalhou para facilitar a fuga dos atiradores, após emprestar dois carros usados na fuga. Um dos automóveis foi usado pelo olheiro Kauê do Amaral e outro para os atiradores.
Nas redes sociais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) registrou a operação:
“Policiais do DEIC acabam de prender Matheus Augusto de Castro Mota, que teve mandado de prisão temporária expedido após trabalho de inteligência da força-tarefa que investiga o assassinato de Vinícius Gritzbach. Suspeito de facilitar a fuga dos atiradores, Matheus foi encontrado em Praia Grande e já está sendo conduzido para o DHPP“, escreveu Tarcísio.
Prisão de quatro suspeitos
No sábado, a Polícia Militar de São Paulo prendeu quatro suspeitos de envolvimento no assassinato de Vinicius Grtizbach.
Três dos detidos foram liberados após prestarem depoimento, mas Matheus Soares Brito, apontado como principal alvo da operação, segue sob custódia no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A polícia já solicitou a prisão temporária dele
Ele é suspeito de ter auxiliado Kauê do Amaral Coelho a fugir de São Paulo e de ter ficado com o aparelho celular dele. Segundo a polícia, Matheus teria recebido R$ 5 mil por seu papel na operação. A defesa afirma que ele é inocente.
Investigações integradas
O caso está sendo investigado em conjunto pela Polícia Civil e pela Polícia Federal, devido à execução ter ocorrido dentro de um complexo aeroportuário, área de responsabilidade federal.
A decisão foi tomada em comum acordo entre integrantes do governo federal e do Ministério da Justiça. A justificativa para a abertura do inquérito por parte da PF é o fato de a execução, ocorrida em plena luz do dia, ter ocorrido no complexo aeroportuário, de responsabilidade federal.
As autoridades consideram o crime uma demonstração da ousadia do crime organizado e do envolvimento de redes estruturadas para ações letais.
O diretor geral da PF, Andrei Passos, conversou com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e com o chefe da Polícia Civil paulista, Artur Dian, para informar sobre a abertura da investigação.
Embora tivesse uma escolta formada por policiais com treinamento para ações letais, Gritzbach estava acompanhado apenas por dois PMs na sexta-feira. Um dos veículos da segurança ficou parado em um posto de gasolina por causa de um problema mecânico.
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