Polícia é impedida de fazer buscas no gabinete de Yoon Suk Yeol
Sem acordo, investigadores não puderam cumprir os mandados devido à ação da segurança presidencial
Investigadores do Escritório Nacional de Investigação da Coreia do Sul tentaram nesta quarta-feira, 11, realizar buscas no gabinete do presidente Yoon Suk Yeol (foto) para apreender evidências relacionadas à sua tentativa frustrada de impor a lei marcial no país.
A sala de reuniões do gabinete e o Serviço de Segurança Presidencial também seriam alvos da operação.
Segundo o portal Korea Times, os investigadores não puderam cumprir os mandados devido à ação da segurança presidencial, que bloqueou seu acesso.
Na Coreia do Sul, os investigadores são obrigados a obter acordo com os responsáveis pela gestão das instalações para entrar e revistar instalações de segurança, incluindo o gabinete presidencial.
“Estamos trabalhando duro na investigação. Analisaremos os requisitos legais para prender o presidente ou buscar um mandado de prisão oficial”, disse Oh Dong-woon, promotor-chefe do Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários, que também investiga o caso, durante uma reunião do Comitê de Legislação e Judiciário da Assembleia Nacional nesta quarta.
“É princípio da investigação prender o principal suspeito” em um caso de traição, acrescentou.
O mandado de busca também identificou Yoon como o “suspeito”.
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Sem impeachment
Apesar das tensões, Yoon Suk Yeol sobreviveu a uma moção de impeachment apresentada pela oposição no Parlamento. O Partido do Poder ao Povo (PPP), ao qual Yoon pertence, boicotou a votação, invalidando-a por falta de quórum.
Em meio a esse cenário tumultuado, o PPP anunciou que obteve do presidente uma promessa de afastamento das funções governamentais em troca do bloqueio à sua destituição.
No entanto, esta promessa gerou controvérsia entre os partidos de oposição. Park Chan-dae, líder do Partido Democrático, acusou o presidente e seu partido de manobras ilegais e anticonstitucionais para manterem-se no poder.
A Constituição sul-coreana estipula que o presidente deve permanecer no comando do governo e das forças armadas, exceto em casos de incapacidade física ou mental, renúncia ou impeachment. Park Chan-dae classificou como inconstitucional a tentativa de Yoon de permanecer no cargo sem exercer suas funções.
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