Planalto emplaca senador governista na presidência da CPI do crime organizado

16.11.2025

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O Antagonista

Planalto emplaca senador governista na presidência da CPI do crime organizado

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 04.11.2025 12:53 comentários
Brasil

Planalto emplaca senador governista na presidência da CPI do crime organizado

A investigação parlamentar pretende se debruçar sobre as organizações criminosas do Rio de Janeiro e de todo o país

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Wilson Lima
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Planalto emplaca senador governista na presidência da CPI do crime organizado
Geraldo Magela/Agência Senado

O senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi eleito nesta terça-feira, 4, como presidente da CPI do Crime Organizado, investigação parlamentar que pretende se debruçar sobre as organizações criminosas do Rio de Janeiro e de todo o país.

Do outro lado, a relatoria da investigação ficará a cargo do senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

Contarato venceu o oposicionista Hamilton Mourão (Republicanos-RS) com seis votos a cinco. “Assumo a missão de presidir a CPI do Crime Organizado com humildade e com um compromisso inegociável: investigar com independência, transparência e coragem. Será uma comissão para ir até o topo da cadeia criminosa, para identificar e responsabilizar não apenas os executores, mas também os líderes, financiadores e cúmplices que lucram com a violência e a corrupção“, declarou o petista após ser eleito.

O ex-vice-presidente da República será o vice-presidente da investigação.

A CPI é composta de onze membros: Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Marcos do Val (Podemos-ES), Marcio Bittar (PL- AC), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Rogério Carvalho (PT-SE), Fabiano Contarato (PT-ES), Otto Alencar (PSD-BA), Jorge Kajuru (PSB-GO), Angelo Coronel (PSD-BA) e Alessandro Vieira (MDB-SE).

A expectativa, porém, é que ocorram novas mudanças. O senador Otto Alencar indicou que pode deixar o colegiado e dar lugar à senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Na manhã desta terça-feira, instantes antes da instalação do colegiado, houve uma reunião com parlamentares para tentar definir, por consenso, o presidente do colegiado e o relator. Houve acordo sobre o relator; não em relação ao presidente. Por essa razão, a disputa pelo comando da investigação foi para o voto.

O alívio do Palácio do Planalto na CPI do crime organizado

A escolha de um senador governista para comandar a investigação trouxe alívio para o Palácio do Planalto. Havia o receio de que ocorresse o mesmo da CPMI do INSS, quando, por um cochilo da base governista, a oposição conseguiu emplacar o relator e o presidente do colegiado.

A CPI foi criada em 17 de junho, com a leitura do requerimento em sessão no plenário da Casa Alta. O objetivo dela é apurar a atuação, a expansão e o funcionamento de organizações criminosas no Brasil, em especial de facções e milícias. O prazo para conclusão dos trabalhos é de 120 dias, e o limite de despesas é de 30 mil reais.

A CPI vai investigar o modus operandi das organizações criminosas, as condições de instalação e o desenvolvimento delas em cada região do Brasil, além das respectivas estruturas de tomadas de decisão, de modo a permitir a identificação de soluções adequadas para o seu combate, principalmente por meio do aperfeiçoamento da legislação do país.

“Eu tenho a mais absoluta convicção de que se fizermos um trabalho correto, sóbrio, equilibrado, vamos entregar para o Brasil a mais relevante CPI que já tivemos nos últimos anos. O crime organizado hoje domina território brasileiro em proporção cada vez mais crescente. O crime organizado no Brasil está inserido em atividades econômicas relevantes. E, infelizmente, o crime organizado no Brasil também está inserido hoje na estrutura pública brasileira, afirmou Alessandro Vieira em junho.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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Comentários (6)

ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO

04.11.2025 19:43

Parece que o senador Contarato parece ser um homem sério, não sei como ele vai lidar quando começar a chegar perto de "cumpanhêros" do chefão.


JUAREZ BORGES

04.11.2025 15:58

Os financiados tbem serão investigados e punidos? ou serão seletivos tbem...


Edmilson Siqueira

04.11.2025 15:40

Se os petistas e governistas elegeram o presidente é porque têm maioria na CPI. Se eles têm maioria, periga da CPI terminar com pedido de prisão do governador do Rio e elogios ao CV, ao PCC por enfrentarem o sistema opressivo capitalista, vivas a todos os quadrilheiros que roubaram os aposentados do INSS, a todos os mensaleiros e a todos os condenados na Lava Jato. E, claro, uma moção de louvor à intenção de Lula se reeleger. CPI a favor não existe. É circo onde os palhaços são o povo brasieliro.


Luis Luz

04.11.2025 15:36

Aliás, ter o PT na presidência de algo que trata de Crime Organizado é colocá-lo em seu lugar de fala. Lula é o líder disso tudo que enfrentamos hoje.


Luis Luz

04.11.2025 15:34

Desses aí, ainda confio no relator, não mais do que isso. O resto, deve ser tratado como é devido, R.E.S.T.O. Aliás, a entrada da senadora Soraya só confirma ainda mais o que digo aqui.


Annie

04.11.2025 14:40

Já começou mal.


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