PF mira quadrilha de compra de votos e lavagem de dinheiro na Baixada Fluminense
Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em São João de Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e na capital fluminense
A Polícia Federal deflagrou a Operação Têmis, desarticulando uma organização criminosa suspeita de compra de votos e lavagem de dinheiro na Baixada Fluminense. Entre os alvos estão o secretário estadual de Transportes e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis, e o atual prefeito da cidade, Wilson Reis.
Com 22 mandados de busca e apreensão cumpridos em São João de Meriti, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e na capital fluminense, as investigações apontam que a quadrilha movimentou milhões de reais para financiar ilegalmente campanhas políticas. Empresas contratadas pelo poder público teriam sido usadas para manter a hegemonia de aliados políticos nos municípios.
Washington Reis já foi envolvido em outras investigações, incluindo o bloqueio de bens por irregularidades na vacinação contra a covid-19, em 2021.
A gestão de Wilson Reis é impopular foi avaliada negativamente em pesquisas realizadas em junho e julho de 2024. Em junho, 16% dos eleitores consideraram a administração positiva, 32% a avaliaram como regular e 35% como negativa. Em julho, houve uma ligeira melhora: 17% avaliaram positivamente, 31% como regular e 29% negativamente.
A família Reis é uma das mais influentes na política da Baixada Fluminense e tem enfrentado desafios em manter sua hegemonia em Duque de Caxias, o segundo maior colégio eleitoral do estado do Rio de Janeiro.
Duque de Caxias, a segunda cidade mais populosa do estado, é um polo econômico e político na Baixada Fluminense, com grande peso eleitoral. Sua localização estratégica e relevância para o cenário estadual tornam o controle político do município um objetivo central para famílias e grupos influentes da região.
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