Parlamentares do PSD – partido de Gilberto Kassab – reagiram à declaração de Jair Bolsonaro de que a legenda estaria ao seu lado para aprovar a anistia de presos e condenados pelos atos de 8 de janeiro. 

Como mostramos, o ex-presidente afirmou neste domingo, 16, ter o apoio do presidente da legenda, Gilberto Kassab, para viabilizar o projeto.

Lideranças do partido afirmaram que a sigla é diversa e que Kassab evita se posicionar em temas polêmicos. Deputados e senadores afirmam que o dirigente não pediu apoio à proposta em reuniões internas.

“Ele sabe que a bancada tem opiniões divididas sobre o tema. Conseguir votos suficientes é diferente de apoiar a discussão”, afirmou o deputado Pedro Paulo (PSD-RJ).

A rejeição à anistia é ainda maior no Senado. 

O líder do PSD na Casa, Omar Aziz (AM), e o ex-líder Otto Alencar (AM) são contrários à anistia.

“Todo mundo sabe que houve tentativa de golpe. Quem depredou deve ser punido, mas quem financiou também precisa ser responsabilizado. Essa não é uma pauta do povo brasileiro, só interessa a quem tem medo de ser preso”, disse Aziz.

A bancada do PSD é composta por 44 deputados. Mais cedo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que pedirá urgência na votação da anistia, com o apoio de 92 deputados do PL e de outros partidos.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), já se comprometeu a pautar o projeto caso haja apoio da maioria dos deputados. 

O ato deste domingo ocorreu em meio à expectativa de que a Primeira Turma do STF decida, nos próximos dias 25 e 26 de março, se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. 

Bolsonaro é um dos 34 denunciados por incitar ataques contra os Três Poderes e o Estado Democrático de Direito.

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