Os males do marketing… tucano
Na esteira da delação de João Santana e Mônica Moura, o Estadão publicou o editorial "Os males do marketing político".Leiam, por favor, este trecho:"O peso desmedido dado às pesquisas eleitorais também contribuiu para o estágio em que se encontra a propaganda política hoje. Pouco a pouco, os candidatos passaram a privilegiar o discurso que os eleitores gostariam de ouvir, e não o que precisava ser dito...
Na esteira da delação de João Santana e Mônica Moura, o Estadão publicou o editorial “Os males do marketing político”.
Leiam, por favor, este trecho:
“O peso desmedido dado às pesquisas eleitorais também contribuiu para o estágio em que se encontra a propaganda política hoje. Pouco a pouco, os candidatos passaram a privilegiar o discurso que os eleitores gostariam de ouvir, e não o que precisava ser dito. No mundo real, nem sempre os dois se coadunam.
É neste contexto que os marqueteiros políticos passaram a ganhar cada vez mais importância. Não é exagero dizer que, em muitos casos, são eles, e não os políticos – os verdadeiros mandatários –, que determinam o debate público. A porosidade dos limites entre uma atividade e outra chegou a tal grau que marqueteiros não só figuravam lado a lado de “seus” candidatos durante a campanha como, quando estes eram eleitos, eram chamados para tomar assento em reuniões onde ações de governo eram traçadas. Nos piores casos, tornaram-se idealizadores de dissimulações ou mesmo partícipes de práticas criminosas.
Evidentemente, não se trata aqui de demonizar o marketing político e as pesquisas de opinião ou de negar o importante papel que essas atividades podem desempenhar no regime democrático. O problema é que o acessório foi tomado como principal, resultado direto da atual carência de lideranças políticas. Sem a renovação do quadro político, arejado por novas e boas ideias, o cenário político brasileiro continuará assombrado por um permanente desalento.”
Como observou Vera Magalhães no mesmo jornal, o programa do PSDB exibido na quinta-feira (11), sem a participação de João Doria, começou com uma roda de conversa entre o “povo” e jovens políticos tucanos sobre a necessidade de renovar a política, até dar lugar a “um suceder de políticos velhos, os mesmos de sempre”.
O Antagonista acha que os editorialistas do Estadão também assistiram.
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