Obsessão de Moraes por Eduardo é antiga, diz Bolsonaro
Ex-presidente disse que o ministro pratica "abuso de poder para fins políticos"

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 18, que a “obsessão” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro, “já é conhecida há muito tempo”.
Na rede social X, Bolsonaro compartilhou uma matéria de O Antagonista, reproduzindo uma reportagem da Folha de S.Paulo, na qual o nome de Eduardo aparecia em conversas realizadas entre Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes durante sua presidência no TSE, e Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), em novembro de 2022.
Segundo o ex-presidente, Moraes pratica “abuso de poder para fins políticos”.
“A obsessão de Moraes com Eduardo Bolsonaro já é conhecida há muito tempo. Graças à reportagem corajosa de Glenn Greenwal, que expôs os bastidores da censura no Brasil, hoje o mundo sabe que “ele quer pegar o Eduardo Bolsonaro.”
Quem pode achar essa situação normal? Quando um juiz “quer pegar alguém”, ainda mais um membro da oposição, toda a ilusão de imparcialidade cai por terra. O que Moraes pratica não é justiça, é abuso de poder para fins políticos. E o mundo está assistindo!”, escreveu.
Vídeo de Eduardo
Nesta terça-feira, 18, Eduardo divulgou um vídeo para dizer que vai se licenciar da Câmara e permanecer nos Estados Unidos. Ele classificou a decisão como a “mais difícil” de sua vida.
“Tornei-me deputado para representar o povo paulista no melhor interesse da minha nação. O que o ministro da Suprema Corte Alexandre de Moraes e os seus cúmplices estão tentando fazer é usar justamente o meu mandato como cabresto, como ferramenta de chantagem e coação do regime de exceção. Como instrumento para me prender e impedir que eu represente os melhores interesses para o meu país”, diz o deputado em vídeo gravado na rua nos Estados Unidos.
Ele segue no vídeo:
“Seria mais confortável ficar quieto recebendo um excelente salário e fingindo defender os paulistas e meus irmãos brasileiros do que enfrentar esse sistema covarde e desumano. Mas eu não aceitei esse chamado para ter conforto ou comodidade. Eu aceitei esse chamado para defender os valores da nossa civilização. Aceitei essa vocação como um compromisso, não só com a minha família e a minha nação, mas como uma aliança com Deus, um voto de lealdade que apenas um homem com caráter e fé pode entender.
Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e os seus truques sujos. Assim sendo, da mesma forma que eu assumi o mandato parlamentar para representar a minha nação, eu abdico temporariamente dele para seguir bem representando esses milhões de irmãos de pátria que me incumbiram dessa nobre missão.“
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