A Folha de S.Paulo publicou reportagem para dizer que “Decisões de Dino no STF ajudam governo Lula a se livrar de dificuldades”. O Antagonista já vem dizendo isso há algum tempo.

O jornal destaca a atuação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino no bloqueio e na liberação das emendas parlamentares, feitos em harmonia com as necessidades do governo Lula.

Dino bloqueou as emendas num momento em que Lula reclamava que o Orçamento tinha ido parar nas mão do Congresso Nacional — e liberou quando o Palácio do Planalto precisa aprovar seu pacote fiscal.

Incômodo no Congresso

Essa interferência causou incômodo no Congresso, e deputados do Centrão chegaram a ameaçar criar empecilhos à aprovação do pacote apresentado pelo ministro d a Fazenda, Fernando Haddad.

Indicado por Lula como ministro com a “cabeça política”, Dino, que foi ministro da Justiça do atual governo petista, também autorizou o Palácio do Planalto a ampliar gastos para combater incêndios.

O ministro do STF fez isso sem ser provocado diretamente, mas a partir de uma ação que cobrava medidas do governo Jair Bolsonaro.

Sem freio

Desde que chegou ao STF, Dino, que foi governador do Maranhão, atuou em uma série de processos nos quais tinha conflito de interesses por seu passado político.

Em março, o ex-governador do Maranhão suspendeu o processo de escolha de um novo integrante para o Tribunal de Contas do Maranhão, favorecendo diretamente seu antigo grupo político. Dias antes, foi voto vencido em ação que favoreceria seu antigo partido, o PSB.

Dino também já impôs multa ao ex-presidente Bolsonaro, com quem batia boca em público até outro dia, como ministro da Justiça do governo Lula, e não se esquivou de participar dos julgamentos sobre os atos de 8 de janeiro de 2023 — sua participação chegou a ser questionada formalmente.

Diposição

A disposição do ministro é tanta que os preços de serviços funerários cobrados na capital paulista atualmente são fruto de uma tabela imposta por ele.

O detalhe político é que a ação foi apresentada pelo PCdoB, partido ao qual Dino era filiado enquanto governou o Maranhão por dois mandatos, de 2014 a 2022.

O que mais esperar de um ministro com a “cabeça política”?

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