O caminho inverso
Dias Toffoli pode ter interesse em segurar as manobras para tirar Lula da cadeia. Diz Merval Pereira: “A disputa entre dois grupos dentro do Supremo voltou a se manifestar ontem, quando o ministro Gilmar Mendes pediu vista no julgamento de um habeas corpus a favor de Lula...
Dias Toffoli pode ter interesse em segurar as manobras para tirar Lula da cadeia.
Diz Merval Pereira:
“A disputa entre dois grupos dentro do Supremo voltou a se manifestar ontem, quando o ministro Gilmar Mendes pediu vista no julgamento de um habeas corpus a favor de Lula, depois que dois dos cinco membros da Segunda Turma já haviam votado contra a defesa de Lula (…).
A defesa do ex-presidente alegava pela centésima vez que Moro era parcial, e um dos argumentos novos era o de que ter aceitado o convite para ser ministro demonstrava que Moro era um agente político, que prendeu Lula para facilitar a vitória de Bolsonaro.
A tendência majoritária é de que, com o futuro voto do decano Celso de Mello, a alegação seja denegada mais uma vez, assim como em outras ocasiões, pelo próprio Supremo e também pelo STJ, como ressaltou o ministro Edson Fachin em seu voto. A ministra Cármen Lúcia afirmou, entre outros argumentos, que o mero convite não pode ser considerado suficiente para configurar a parcialidade (…).
Mexer com o futuro ministro Sergio Moro, visto pela opinião pública como uma esperança de ação contra os crimes de colarinho branco e a melhoria da segurança pública, em apoio a uma defesa política mais do que técnica do ex-presidente Lula, seria um caminho inverso daquele sugerido pelo seu novo presidente.”
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