“Nem lembrava desse nome”, diz Lula na Itália sobre Zambelli
Deputada federal brasileira está presa no país europeu desde 29 de julho e aguarda processo de extradição ao Brasil
O presidente Lula (PT) disse nesta segunda-feira, 13, que “nem se lembrava” do nome da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), ao ser questionado, em coletiva de imprensa em Roma, na Itália, se tratou do processo de extradição dela na capital italiana. A parlamentar está presa na cidade desde 29 de julho.
“Eu nem lembrava desse nome. Se você não pergunta, eu nem sabia que ela estava aqui ou não. Para mim, é uma pessoa que não merece respeito de quem ama a democracia. Ela vai pagar pelo que fez. Ou aqui, ou no Brasil. Portanto, é uma questão da Justiça, não é uma questão minha”, afirmou Lula.
O petista embarcou no sábado, 11, para Roma. A viagem inclui um encontro com o papa Leão XIV e a participação na abertura do Fórum Mundial da Alimentação, evento promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Zambelli foi presta na capital italiana em 29 de julho. Ela estava foragida após ter sido condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserção de documentos falsos.
Na semana passada, ela enviou uma carta ao Ministério da Justiça da Itália afirmando que iniciará uma greve de fome em protesto contra a decisão da Justiça italiana de negar um recurso apresentado pela defesa. Com a decisão, a parlamentar permanecerá presa em regime fechado enquanto aguarda o processo de extradição.
Em texto direcionado ao ministro Carlo Nordi, ela afirma que ele atendeu “a decisão injusta e sem provas de um juiz brasileiro, que foi recentemente sancionado pelo presidente (Donald) Trump”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, alvo das sanções americanas com base na Lei Magnitsky.
“O senhor está do lado que apoia Hamas, tráfico de drogas, terrorismo, Irã, regimes narcoditadores como na Venezuela, ditadura de Cuba, entre outros pela América do Sul e África. De mãos dadas com o presidente que disse não à extradição de Cesare Battisti, mesmo ele não sendo cidadão brasileiro”, diz trecho da carta.
Ainda na mensagem, Zambelli alega que, caso tenha havido pressão do governo brasileiro sobre a Justiça italiana, sua greve de fome servirá como forma de contrapressão.
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