“Não se engane com narrativas”, diz Mourão sobre explosões
"A polarização política doentia é um problema que o Brasil precisa resolver", diz o senador, que foi vice-presidente de Jair Bolsonaro
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS, foto) comentou na manhã desta quinta-feira, 14, as explosões que levaram à morte de Francisco Wanderley Luiz na noite de quarta. Segundo testemunhas, o homem, que foi candidato pelo PL em 2020, lançou explosivos diante do prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e depois aguardou que uma das bombas estourasse perto de si.
Vice-presidente da República de Jair Bolsonaro, Mourão classificou o ocorrido como uma “tresloucada ação isolada” e disse que “um fanático morreu em frente ao STF”.
“Os explosivos que levava consigo explodiram, mas pessoas inocentes e transeuntes poderiam ter morrido também. A polarização política doentia é um problema que o Brasil precisa resolver, sob risco até mesmo de eventos de convulsão social. É hora de lucidez, não se engane com narrativas! O parlamento precisa meditar e agir! O ódio precisa acabar!”, disse Mourão em sem perfil no X.
Lei da Anistia
Integrantes do PL, partido de Bolsonaro e Valdemar Costa Neto, temem que a morte na Praça dos Três Poderes contamine o debate em torno do PL da Anistia aos réus dos atos de 8 de janeiro.
Autor da ação, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, é conhecido nas redes sociais como Tiü França e foi candidato a vereador em sua cidade natal, Rio do Sul, em Santa Catarina, durante as eleições municipais de 2020.
Na época, Francisco era filiado ao PL. Por isso, nas redes sociais, houve a tentativa de vinculá-lo ao grupo político de Jair Bolsonaro, apesar de o ex-presidente ter chegado ao partido apenas em 2021.
“Não foi um ataque ao STF ou à Câmara dos deputados“
Apoiadores de Bolsonaro refutam nas redes sociais as alegações de que há vínculo entre ele e o que ocorreu na noite de quarta-feira na Praça dos Três Poderes.
“Não foi um ataque ao STF ou à Câmara dos deputados! Um homem decidiu tirar a própria vida na praça dos 3 poderes usando um artefato explosivo. Um ato de desespero de alguém com claro distúrbio mental”, disse o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
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