Mulher morre após ingerir bebida adulterada com metanol em São Bernardo
Bruna Araújo, de 30 anos, é a terceira morte confirmada por intoxicação
A Prefeitura de São Bernardo do Campo confirmou nesta segunda-feira, 6, a morte de Bruna Araújo, de 30 anos, que estava internada em estado grave após consumir vodca com suco de pêssego adulterada com metanol.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Bruna faleceu após a adoção de protocolo de cuidados paliativos, medida tomada pela equipe médica em conjunto com a família.
“O óbito da mulher de 30 anos é o único caso confirmado de contaminação. A administração se solidariza com amigos e familiares e reforça que enquanto esteve internada, a paciente recebeu a melhor assistência possível”, diz a nota.
Bruna estava internada no Hospital de Clínicas de São Bernardo desde a manhã do dia 29 de setembro após ser transferida já entubada por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na cidade.
Segundo familiares, ela chegou a receber o “antídoto” contra o metanol e passou por sessões de hemodiálise.
Balanço em SP
Com a morte de Bruna, o estado de São Paulo registra três óbitos confirmados por ingestão de bebida adulterada, segundo exames laboratoriais.
No entanto, sua morte ainda não consta no boletim estadual, divulgado antes da confirmação da prefeitura.
O estado tem 15 casos confirmados e 164 em investigação.
Investigação
A Polícia Civil investiga a origem da bebida consumida por Bruna.
Agentes estiveram na distribuidora que teria fornecido a vodca ao bar frequentado por ela, mas o proprietário negou ser o único fornecedor.
Segundo a família, o namorado de Bruna também foi internado em outra unidade de saúde.
Sintomas após o show
Bruna passou o domingo em um bar de São Bernardo do Campo assistindo a um show de pagode com amigos.
Ela consumiu bebidas alcoólicas durante a tarde e à noite, mas começou a apresentar sintomas apenas no dia seguinte, como náuseas e perda de consciência.
O metanol é uma substância altamente tóxica e inflamável, muitas vezes usada de forma clandestina para adulterar bebidas alcoólicas por ser mais barato que o etanol.
A ingestão, inalação ou contato prolongado com o metanol pode causar cegueira, convulsões, falência múltipla dos órgãos e morte.
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