O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) reagiu neste sábado, 26, às declarações da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), sobre a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Em publicação no X, Moro afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) não declarou o presidente Lula inocente e questionou o papel de Gleisi durante o governo Dilma Rousseff.

“Em verdade, o STF não declarou o Lula inocente, mas uma boa pergunta é: quem entregou, nos governos do PT, a BR Distribuidora ao Collor? A deputada @gleisi, pelo que me lembro, era chefe da Casa Civil entre 2011 e 2014, quando Collor mandava na BR Distribuidora e recebia subornos. Talvez possa responder”, escreveu Moro.

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Mais cedo, Gleisi havia criticado as comparações entre a situação de Collor e as condenações de Lula durante a Operação Lava Jato. Para a ministra, Lula foi vítima de perseguição judicial, diferentemente de Collor.

“O primeiro (Collor) é culpado das acusações, e Lula sempre foi inocente. Contra Collor, o STF tem provas: recibos de propina, milhões na conta, carros de luxo, além de testemunhos convergentes”, afirmou Gleisi nas redes sociais.

“Justiça não se faz com manipulações oportunistas”, acrescentou Gleisi, citando nominalmente Sergio Moro e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de responder Gleisi, Moro também rebateu um artigo da jornalista Miriam Leitão, publicado no jornal O Globo. No texto, como mostramos, Miriam Leitão afirmou que o caso de Collor não teve origem na força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o que explicaria a manutenção da condenação.

Moro contestou a versão:

“Comprovantes de depósito em dinheiro na conta de Collor foram encontrados no escritório de Alberto Youssef em busca por mim autorizada, sendo esta a origem da investigação. Não procede, portanto, sua afirmação de que o caso não tem relação com o trabalho de Curitiba”, escreveu o ex-juiz.

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